“Naquele momento, Jesus voltou o olhar para Pedro. Então Pedro foi para fora, chorando amargamente.” — Lucas 22:61-62
Pedro, o discípulo corajoso que antes havia empunhado a espada diante dos soldados romanos, agora está quebrado. Ele chora — e chora com dor na alma. O homem forte, que prometera fidelidade até a morte, acaba de negar o próprio Mestre.
Muita gente acha que “homem de verdade” não chora. Que admitir fraquezas é sinal de fraqueza. Mas Pedro nos mostra o contrário: chorar é um ato de humanidade e arrependimento. É reconhecer que erramos e precisamos da graça de Deus.
Reprimir sentimentos não nos faz mais fortes — apenas nos distancia da nossa semelhança com Cristo. O choro sincero, aquele que vem da alma, é parte do processo de cura e restauração.
A cruz não se entende apenas com a razão, mas também com o coração. O Calvário não é um conceito teológico, é uma experiência viva. Os discípulos choraram ao ver Jesus sendo crucificado porque sabiam que aquele momento era o preço do amor — e que, através daquela dor, a história estava sendo refeita.
Lágrimas não diminuem ninguém. Elas nos aproximam de Deus.
Oração: Senhor, que nunca sejamos tão “fortes” ou “religiosos” a ponto de não nos comovermos com o Teu amor. Que nossos olhos se encham de lágrimas sempre que lembrarmos do Teu sacrifício e da Tua graça. Que nossas lágrimas revelem nossa humanidade e nosso amor por Ti. Amém.