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Leila Perci, vítima de abordagem violenta, registra boletim de ocorrência e exige responsabilização dos agentes |
Leila, que estava acompanhada de um amigo, conta que a
situação se agravou quando ele tentou intervir. "Três policiais começaram
a bater nele com cassetetes. Quando pedi para pararem, me agrediram
também", relata. Além das marcas físicas, como ombro roxo e hematomas nas
costas, ela afirma que o episódio a deixou emocionalmente abalada. "Estava
saindo de um tratamento contra a depressão e, agora, sinto que voltei à estaca
zero", desabafa.
A publicitária recebeu atendimento médico imediato dos
paramédicos da Prefeitura de Olinda, que a encaminharam para uma Unidade de
Pronto Atendimento (UPA). Além disso, foi contatada por uma ONG que ofereceu
suporte psicológico. "Os paramédicos foram muito atenciosos, mas o que
aconteceu comigo foi uma violência gratuita. A polícia deveria estar lá para
nos proteger, não para agir com brutalidade", afirma.
A Polícia Militar de Pernambuco, em nota, declarou que o
efetivo empregado no Carnaval é orientado a agir dentro da legalidade,
respeitando os cidadãos e garantindo a segurança nos polos de animação. No
entanto, a corporação afirmou não ter registro formal de denúncia sobre o caso.
A PM orienta que vítimas de abusos formalizem suas queixas junto à Corregedoria
da instituição, por meio de canais como e-mail, telefone ou presencialmente.
Leila, por sua vez, cobra justiça e responsabilização pelos
atos. "O que aconteceu comigo não pode ficar impune. É uma questão que vai
além da minha dor, é sobre o direito de todos de se sentirem seguros",
conclui.