terça-feira, 30 de julho de 2024

Comerciante que matou namorada adolescente na Paraíba e foi preso no Brejo da Madre de Deus é indiciado por 19 crimes

Gilson Cruz de Oliveira, de 56 anos, foi indiciado por 19 crimes depois de matar a tiros sua namorada, Maria Vitória, uma adolescente de 15 anos, na cidade de Monteiro, no Cariri paraibano. O crime ocorreu no dia 14 de julho, quando o casal, que estava junto há cerca de dois anos, começou a discutir após ingerirem bebida alcoólica. Durante a discussão, Gilson se armou e efetuou diversos disparos contra Maria Vitória. Ele fugiu do local e foi preso posteriormente no Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco.

De acordo com testemunhas, Maria Vitória conheceu Gilson quando começou a trabalhar em uma padaria de sua propriedade, e foi então que começaram o relacionamento. Em mensagens de áudio, Maria Vitória já havia relatado que Gilson era violento e que tinha feito ameaças com uma arma de fogo, dizendo: “Jogou a pistola na minha cara”.

A prisão de Gilson  aconteceu em Brejo da Madre de Deus, Agreste pernambucano
Além do assassinato de Maria Vitória, Gilson foi acusado de vários outros crimes, incluindo lesão corporal, ameaça, violência psicológica contra mulher, oferecer bebida alcoólica para menores de idade, posse ilegal de arma e importunação sexual. O Tribunal de Justiça da Paraíba revelou que Gilson já havia sido acusado de agredir sua própria filha, também adolescente na época, em junho de 2019, em Monteiro.

O delegado responsável pelo caso informou que o assassinato de Maria Vitória possui três qualificadoras: motivo fútil, feminicídio e impossibilidade de defesa da vítima. A adolescente foi lesionada por Gilson em pelo menos seis ocasiões diferentes, e a investigação também apontou que ele fazia ameaças contra os pais dela.

Após a conclusão do inquérito, a polícia enviou o caso ao Ministério Público, que deve apresentar denúncia à Justiça. O advogado de defesa de Gilson afirmou que ele tem colaborado com as investigações desde o início e que não busca impunidade. “Ele está à disposição da justiça para pagar por tudo que foi cometido na medida da sua culpabilidade”, disse.