O irmão do cantor pernambucano gospel Jamenson Luiz, da
Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco (Ieadpe), José Geraldo de
Lima e Silva, de 31 anos, foi sequestrado e morto a pauladas por criminosos no
interior de São Paulo. O homem trabalhava como operador de escavadeira e
retroescavadeira e estava no estado sudestino desde o mês de maio deste ano,
buscando melhorias no trabalho.
Com requintes de crueldade, o sequestro de José Geraldo e a
sua morte causaram desespero à família. O homem foi sepultado na tarde da
última segunda-feira (4), no Cemitério da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes,
no Grande Recife.
No mês passado, José Geraldo chegou a receber uma proposta
de uma outra empresa em Pernambuco e ele já estava preparado para retornar ao
estado após o desligamento da firma no qual trabalhava.
Porém, no dia 29 de agosto, o operador foi sequestrado. Na
ação, os criminosos fizeram uma chamada de vídeo para a mãe da vítima, que mora
em Jaboatão, mostrando José Geraldo sendo espancado de forma
violenta
Após a ligação, ainda na manhã do mesmo dia, os familiares
voltaram a ter notícias de Geraldo, porém já do hospital onde foi
internado em estado crítico, sem movimento das pernas para baixo e com os
rins paralisados.
“Minha mãe recebeu uma ligação de vídeo de um número
estranho com DDD do interior de São Paulo. Quando atendeu, pôde assistir a três
homens altamente violentos espancando o meu irmão e pedindo, com grande
euforia, que ela transferisse dinheiro naquele momento”, disse o cantor
gospel Jamenson Luiz.
“O meu irmão pedia calma e dizia que o dinheiro seria dado,
mas que tivessem calma. Eles, porém, não esperaram ou não acreditaram e
desligaram o telefone. A minha mãe ficou em estado de choque”, afirmou
Jamenson.
Ainda de acordo com Jamenson, o seu irmão, através das
chamadas de vídeo, disse que não sentia nada da cintura pra baixo e que estava
perdendo muito sangue pela urina. Geraldo sentia fortes dores na região das
costas e abdômen, onde foi mais atingido por uma madeira de quatro
quinas.
No 1º de setembro, José Geraldo teve os rins paralisados e
foi submetido à hemodiálise em caráter de urgência e logo depois veio a
confirmação de que ele não tinha resistido às disfunções dos órgãos devido ao
espancamento brutal que recebeu.