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| Após matar o filho, colocou o corpo em um saco plástico e o enterrou em um terreno baldio |
De acordo com o delegado Bruno Germano, responsável pelo
caso, o homem saiu de Florianópolis, em Santa Catarina e viajou até João Pessoa na Paraíba apenas
para executar o plano. Após matar o filho, colocou o corpo em um saco plástico
e o enterrou em um terreno baldio, no bairro Colinas do Sul. O crime foi
confirmado no laudo pericial divulgado nesta terça-feira (4 de novembro), que apontou a asfixia
como causa da morte.
Durante o depoimento prestado à Polícia Civil de Santa
Catarina, o assassino afirmou estar endividado e disse ter tomado a decisão
“para se livrar da dívida”. Os investigadores classificaram a motivação como fútil
e extremamente cruel.
O homem mantinha pouco contato com o filho e havia procurado
a mãe da criança recentemente, alegando querer restabelecer o vínculo paterno.
A mãe, Aline Lorena, contou que acreditou na boa intenção do ex-companheiro e
preparou tudo para o encontro entre pai e filho.
Segundo ela, o menino tinha uma rotina específica por conta
do autismo e da deficiência visual. Aline disse ter deixado o filho alimentado,
com roupas e itens pessoais organizados, além de orientar o pai sobre como
cuidar da criança. “Ele dizia que queria conviver mais com o filho. Jamais
imaginei que seria capaz disso”, relatou à imprensa durante o sepultamento,
realizado no Cemitério do Cristo Redentor, em João Pessoa.
As investigações seguem em andamento. A Polícia Civil apura
se o suspeito usou um carro de aplicativo para transportar o corpo até o local
onde foi enterrado. O caso deve ser encaminhado à Justiça da Paraíba nos
próximos dias, e o pai permanece preso preventivamente.
O assassinato do pequeno Arthur Davi expõe um dos crimes
mais chocantes do ano, marcado pela frieza de um pai que transformou o
reencontro com o filho em um ato de covardia e desumanidade.
