quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Os perigos da autopiedade

Na parábola do filho pródigo, existe um personagem que muitas vezes esquecemos: o irmão mais velho.

Quando o pai celebra a volta do filho arrependido, o mais velho explode:

“Eu sempre te obedeci! Sempre fiz tudo certo! E nunca ganhei nada por isso!” (Lucas 15:29-30)

Ele se sentiu injustiçado, ignorado, desprezado.

Enquanto o filho mais novo voltou para casa transformado, o mais velho permaneceu preso ao seu próprio ressentimento.

É como se dissesse:

“Eu merecia mais. Não é justo!”

Talvez soe familiar…

É o mesmo sentimento que surge quando vemos alguém sendo abençoado e pensamos:

“Por que não eu?”

A autopiedade funciona assim:

Reclama.

Acha que ninguém reconhece seu esforço.

Acredita que Deus está abençoando todo mundo, menos você.

Vive comparando, murmurando, remoendo.

E o coração vai, pouco a pouco, ficando pesado.

Mas o Pai, na parábola, lembra algo precioso:

Tudo o que Ele tem está disponível para nós.

Não precisamos competir, nem provar nada — só precisamos confiar.

Examine-se: Será que você tem agido como esse irmão mais velho?

Se sim, ainda dá tempo de mudar.

A cura começa quando reconhecemos o sentimento e devolvemos nossa confiança a Deus.

Oração: Pai, perdoa-me quando deixo a autopiedade tomar conta do meu coração e me levar à murmuração e ingratidão. Ajuda-me a perceber o quanto já fui abençoado e ensina-me a confiar mais em Ti. Sou grato por tudo o que recebo das Tuas mãos. Amém.