Na parábola do filho pródigo, existe um personagem que muitas vezes esquecemos: o irmão mais velho.
Quando o pai celebra a volta do filho arrependido, o mais velho explode:
“Eu sempre te obedeci! Sempre fiz tudo certo! E nunca ganhei nada por isso!” (Lucas 15:29-30)
Ele se sentiu injustiçado, ignorado, desprezado.
Enquanto o filho mais novo voltou para casa transformado, o mais velho permaneceu preso ao seu próprio ressentimento.
É como se dissesse:
“Eu merecia mais. Não é justo!”
Talvez soe familiar…
É o mesmo sentimento que surge quando vemos alguém sendo abençoado e pensamos:
“Por que não eu?”
A autopiedade funciona assim:
• Reclama.
• Acha que ninguém reconhece seu esforço.
• Acredita que Deus está abençoando todo mundo, menos você.
• Vive comparando, murmurando, remoendo.
E o coração vai, pouco a pouco, ficando pesado.
Mas o Pai, na parábola, lembra algo precioso:
Tudo o que Ele tem está disponível para nós.
Não precisamos competir, nem provar nada — só precisamos confiar.
Examine-se: Será que você tem agido como esse irmão mais velho?
Se sim, ainda dá tempo de mudar.
A cura começa quando reconhecemos o sentimento e devolvemos nossa confiança a Deus.
Oração: Pai, perdoa-me quando deixo a autopiedade tomar conta do meu coração e me levar à murmuração e ingratidão. Ajuda-me a perceber o quanto já fui abençoado e ensina-me a confiar mais em Ti. Sou grato por tudo o que recebo das Tuas mãos. Amém.