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Segundo a polícia, os meliantes trabalhavam na propriedade
desde que nasceram e eram considerados funcionários de confiança |
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o crime foi articulado por
dois irmãos que trabalhavam há anos na propriedade e gozavam da total confiança
dos donos. A confiança, porém, se transformou em prejuízo. Os meliantes aproveitaram que os proprietários, residentes no Recife, não visitavam com
frequência a fazenda, para colocar em prática um esquema de venda ilegal dos
animais.
Segundo a polícia, os irmãos contratavam
caminhoneiros boiadeiros, alegando serem gerentes da fazenda, e transportavam o
gado para feiras da região. As negociações eram feitas em dinheiro vivo,
dificultando o rastreamento dos valores. Um dos investigados foi preso na
quinta-feira, 6 de novembro, durante operação da Delegacia de Agrestina. O
outro conseguiu fugir e permanece foragido.
As apurações apontam que os meliantes não se
limitaram à venda dos animais. Eles também comercializavam o leite produzido na
propriedade e ficavam com todo o lucro. A ausência de repasses mensais levantou
a suspeita dos donos, que decidiram verificar o rebanho. Ao chegar à fazenda, a
cena foi de espanto: dos mais de 300 bois, restavam menos de 50 no pasto.
Muitos dos animais levavam as iniciais do proprietário marcadas no couro, o que pode ajudar na recuperação de parte do rebanho. A Polícia Civil informou que o caso segue em investigação e que novos desdobramentos poderão ocorrer nas próximas semanas.
