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| Novas notificações são de uma moradora de São Paulo que tem 26 anos e está internada em Ipojuca e de um homem de 30 anos que mora em Gravatá e está hospitalizado em Caruaru |
Os sintomas relatados são graves. A jovem apresenta
diarreia, falta de ar, vertigem, azia, dormência nas mãos e pés, além de
formigamento na boca. Já o homem sofre com dificuldades para enxergar, um dos
sinais mais perigosos do envenenamento por metanol.
Para tentar conter a escalada dos casos, Pernambuco recebeu
nesta sexta (3) ampolas de etanol farmacêutico, antídoto utilizado no
tratamento da intoxicação. O medicamento será aplicado em unidades de
referência como o Hospital da Restauração, no Recife, e o Hospital Mestre
Vitalino, em Caruaru.
Vítimas e investigações em curso
Entre os sete casos investigados, estão três mortes
confirmadas. A mais recente foi a de Ronaldo de Lima Melo, de 30 anos, morador
de João Alfredo, que não resistiu após internação em 26 de setembro. Antes
dele, Celso da Silva, de 43 anos, faleceu em 9 de setembro em Lajedo. Outro
caso fatal é de Jonas da Silva Filho, também de Lajedo, que morreu em 29 de
agosto, antes mesmo de ser transferido para atendimento especializado.
As investigações apontam que três vítimas de Lajedo
consumiram uísque de garrafas compradas em um caminhão em Belo Jardim.
Suspeita-se que o produto estava adulterado com metanol. Amostras foram
entregues à Polícia Civil e seguem em perícia, mas não há prazo para a
conclusão dos laudos.
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| Garrafas de uísques foram compradas em um caminhão em Belo Jardim (Foto: Ilustração) |
A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa)
intensificou as operações de fiscalização em parceria com o Procon, Ministério
Público e Ministério da Agricultura. O objetivo é rastrear bebidas suspeitas,
coibir a venda de produtos adulterados e orientar comerciantes e consumidores.
O governo reforça que a população deve estar atenta a sinais
de adulteração: desconfiança de preços muito abaixo do mercado, ausência de
informações no rótulo, lacres violados ou falta de registro oficial do
Ministério da Agricultura.
Autoridades orientam que apenas bebidas adquiridas em
estabelecimentos licenciados devem ser consumidas. Casos de suspeita de
envenenamento podem ser reportados ao Centro de Informação e Assistência
Toxicológica (CIATox-PE), que funciona 24 horas pelo número 0800 722 6001.
O avanço dos casos coloca Pernambuco em estado de alerta.
Enquanto laudos não confirmam a origem da contaminação, cresce a preocupação
sobre quantas garrafas adulteradas ainda podem estar em circulação no estado.

