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| Categoria rejeita propostas da empresa e protesta contra risco de privatização; mobilizações ocorrem em várias regiões do Estado |
A decisão foi tomada em assembleias realizadas em Recife,
Caruaru e Petrolina, organizadas pelo Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco
(Sindurb-PE). Com isso, unidades operacionais serão paralisadas e cargos
gerenciais entregues, em um movimento que pretende pressionar a Compesa a
atender as principais reivindicações da categoria.
Entre as exigências dos profissionais estão a reposição
integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), ganho real nos
salários e estabilidade no emprego por 35 anos, período correspondente à
concessão parcial dos serviços de abastecimento e esgotamento sanitário
prevista para ser leiloada até o fim do ano.
A categoria acusa a direção da empresa de não avançar nas
negociações e demonstra preocupação com a possível entrada do setor privado na
operação do sistema. Segundo o Sindurb-PE, a proposta da Compesa, que prevê
apenas a reposição inflacionária em um acordo de dois anos, foi considerada
insuficiente.
O sindicato afirma que a greve é uma resposta à “falta de
valorização e de respeito com os trabalhadores”, reforçando que o movimento
busca garantir um Acordo Coletivo de Trabalho justo e duradouro.
Enquanto os funcionários organizam mobilizações em frente à
sede administrativa, no bairro de Santo Amaro, e nas gerências regionais do
interior, a Compesa garante que os serviços seguem funcionando normalmente.
A empresa também confirmou que uma reunião de conciliação
foi marcada para esta segunda-feira (13) no Tribunal Regional do Trabalho
(TRT), na tentativa de restabelecer o diálogo e evitar que a paralisação se
prolongue.
O desfecho dessa negociação pode definir o futuro
dos trabalhadores da Compesa e também o rumo do saneamento público em
Pernambuco.
