sábado, 4 de outubro de 2025

Após dias de luta, Cláudia Mirelly recebe alta médica uma semana depois do acidente que matou universitária na PE-145 em Brejo

Estudante de Direito de 19 anos sobreviveu com ferimentos graves e relata a recuperação marcada pela fé; tragédia deixou sete vítimas ao todo
A estudante de Direito Cláudia Mirelly, de 19 anos, recebeu alta médica nesta quinta-feira (2) após sobreviver ao grave acidente que envolveu uma van de universitários e um caminhão parado na PE-145, em Brejo da Madre de Deus, na noite de 25 de setembro.

Conhecida carinhosamente como “Claudinha”, ela foi socorrida inicialmente para o hospital de Brejo, mas devido à gravidade dos ferimentos precisou ser transferida para o Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, e, em seguida, para o Hospital da Restauração, no Recife. Cláudia sofreu traumatismo abdominal, corte na cabeça e torção no maxilar, mas conseguiu se recuperar e agora seguirá o tratamento em casa, sob uso de antibióticos e acompanhamento médico. 

Emocionada, a jovem revelou que enfrentou momentos de desespero entre a colisão e o tratamento.

“Foram oito dias em que senti o coração bater mais devagar e o ar parecia longe demais para puxar. O acidente me trouxe um misto de emoções, medos e inseguranças, mas também esperança de que todos estariam bem. Durante a transferência de hospital, me agarrei à fé de que tudo aquilo era apenas um pesadelo" disse Claudia.

"Ainda não consigo olhar para tudo o que passou sem sentir o coração acelerar e o corpo tremer, mas estou aqui, com fragmentos do que passou e com muito a contar sobre a bondade de Deus. Sinto que nunca tinha provado tão de perto a grandiosidade do amor e misericórdia de Deus. O milagre é estarmos vivos, mas a perda de Juh ficará marcada para sempre”, completou a sobrevivente.

Sobre a tragédia

O acidente que chocou a região aconteceu na noite da quinta-feira (25 de setembro), quando uma van que transportava estudantes de Caruaru para Brejo da Madre de Deus colidiu violentamente contra um caminhão parado na rodovia PE-145, no sítio Quatis. 

Entre as sete vítimas da tragédia, seis ficaram feridas e uma morreu: a estudante de Nutrição Júlia Moraes, de 21 anos, que ficou presa às ferragens com um dos braços dilacerado. Mesmo após os esforços médicos, Júlia não resistiu aos ferimentos, transformando a noite em um cenário de perda e luto.

A van envolvida na colisão pertencia a Moisés Viagens, motorista bastante conhecido na região pelo transporte de universitários. O veículo teve a parte frontal completamente destruída, revelando a força do impacto. As circunstâncias do acidente seguem em investigação pelas autoridades competentes.

Enquanto a Justiça apura responsabilidades, Cláudia e os demais sobreviventes carregam cicatrizes físicas e emocionais que relembram a violência do impacto e a dor da perda.