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| Inquérito foi concluído após prisão de cinco suspeitos de planejar e executar o crime |
Ayres foi morto na noite de 20 de junho, enquanto dormia em
sua casa na praia de Enseada dos Corais, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande
Recife. Homens armados invadiram a residência e executaram o plano, que,
segundo a investigação, foi idealizado pela filha em parceria com um amigo de
infância, Daniel, preso por tráfico de drogas.
Amanda chegou a ser presa seis dias depois, quando entrou em
contradição durante os depoimentos. As câmeras de segurança da área mostraram
que apenas o carro dela havia entrado na residência antes do crime, reforçando
a suspeita de que teria levado os assassinos até o local.
De acordo com o delegado Rodrigo Bello, Amanda ofereceu R$
50 mil e um apartamento em troca da execução. Além disso, ajudou a planejar
cada detalhe, indicando pontos cegos das câmeras de segurança e pedindo que o
carro usado na fuga não fosse incendiado.
O inquérito apontou a participação de seis pessoas: Amanda,
Daniel, outro homem que intermediou o contato com os criminosos e três
executores. Dois já estavam presos e foram transferidos para outras unidades
prisionais. Os demais foram capturados recentemente, inclusive um no Rio Grande
do Norte.
A investigação também revelou que Daniel tentou distorcer os
fatos, alegando que Amanda teria sido abusada pelo pai, o que foi descartado
pela polícia. Para o delegado, o crime foi motivado pelo interesse da jovem no
patrimônio do caminhoneiro, avaliado em cerca de R$ 2 milhões.
Com o inquérito concluído, Amanda e os cinco cúmplices
responderão por homicídio qualificado e associação criminosa. O caso agora
segue para julgamento no Tribunal do Júri da Vara Regional do Cabo de Santo
Agostinho e Ipojuca.
