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Policial, médicos e fisioterapeutas estão entre os 19 presos em ação que atingiu três estados e expôs esquema sofisticado de falsificação de documentos |
Entre os presos estão um policial civil, profissionais de saúde e pessoas ligadas a empresas que se apresentavam como “especialistas” em auxiliar vítimas de acidentes. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos criavam boletins de ocorrência, laudos médicos e recibos falsos para simular lesões inexistentes ou agravar situações reais, sempre com o objetivo de receber os valores pagos pelo seguro obrigatório.
A investigação apontou que o grupo atuava em Pernambuco, Paraíba e São Paulo, operando a partir de um sistema bem estruturado: intermediários recrutavam vítimas, reais ou fictícias, providenciavam a documentação fraudulenta e protocolavam pedidos de indenização. Em troca, ficavam com parte do valor pago pela seguradora.
O trabalho da polícia envolveu análise de documentos, interceptação de conversas, apuração de movimentações bancárias e depoimentos de supostas vítimas. As provas indicam que a fraude era recorrente e contava com participação de profissionais que, em tese, deveriam zelar pela legalidade e pelo bem-estar dos pacientes.
Os mandados, expedidos pela Vara Única da Comarca de Glória do Goitá, foram cumpridos em 13 cidades: Recife, Arcoverde, Belo Jardim, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Carpina, Gravatá, Limoeiro, Paudalho, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Santos (SP) e Cabedelo (PB).
Um detalhe que chamou atenção é a presença de um político com mandato eletivo entre os investigados, embora seu nome e cargo não tenham sido divulgados. O caso segue em investigação, e novas prisões não estão descartadas.