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A água desviada estava sendo utilizada para irrigar plantações, abastecer campos de futebol, chácaras com piscina e até para encher açudes |
Esse foi o resultado da ação de combate a ligações clandestinas realizada por três dias no município com o apoio da Polícia Militar. A fiscalização foi motivada pela queda de vazão no sistema de abastecimento da cidade, situação que estava prejudicando o abastecimento de 4 mil pessoas.
Cerca de 5 quilômetros da adutora de água tratada foram percorridos na operação, no trecho entre Poço Fundo e a estação elevatória. A fiscalização identificou e removeu oito sangrias clandestinas e 22 ligações irregulares. Uma das situações mais alarmantes encontradas foi a construção de uma cisterna de grande porte com ligação irregular, acompanhada de uma piscina. A operação, realizada entre os dias 5 e 7 de agosto, foi coordenada pela Gerência de Inteligência Patrimonial da Compesa e contou ainda com o apoio da Guarda Municipal de Santa Cruz do Capibaribe.
A ação de combate ao furto nesta rede vai
permitir o cumprimento do calendário de abastecimento na cidade e melhoria no
atendimento à população, que vinha sendo prejudicada pelos furtos. No total,
participaram da operação 16 profissionais, com apoio de uma retroescavadeira,
um caminhão, seis veículos, duas viaturas, um drone e um georradar, equipamento
que permite mapear estruturas subterrâneas, como tubulações, sem a necessidade
de escavações, o que agiliza e torna mais eficaz a detecção de irregularidades.
A Compesa lembra que o furto de água é crime previsto nos artigos 155 e 265 do Código Penal Brasileiro, com pena de reclusão e aplicação de multas. A ação criminosa ainda prejudica o abastecimento da população e o funcionamento de equipamentos essenciais à sociedade, como hospitais, escolas, creches, asilos e órgãos públicos.