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Patrícia Alencar defende direito à liberdade após o vídeo viralizar |
Nas redes sociais, a discussão ganhou proporções nacionais.
De um lado, centenas de usuários defenderam a prefeita, argumentando que o
cargo não a impede de ter momentos de lazer como qualquer cidadã. "Ser
gestora não significa abrir mão da própria identidade", comentou uma
seguidora. Do outro lado, vozes criticaram a postura, considerando-a
"pouco apropriada" para quem ocupa um cargo de representação
municipal.
Em resposta às críticas, Alencar foi direta. Através de suas
redes oficiais, afirmou que as reações negativas refletem o machismo enraizado
na sociedade. "Mulheres podem ser profissionais competentes e, ao mesmo
tempo, se divertir sem julgamentos", declarou. A prefeita, que possui mais
de 750 mil seguidores no Instagram, ressaltou que não pretende mudar sua forma
de se expressar por ocupar um cargo político.
Especialistas em comunicação política ponderam que o caso
ilustra os novos desafios enfrentados por autoridades na era digital. "As
redes sociais borraram as fronteiras entre vida pública e privada. O que antes
ficava restrito ao âmbito pessoal, hoje pode se tornar assunto de interesse
coletivo", analisa uma pesquisadora da área.
O episódio também levantou questões sobre os diferentes
padrões aplicados a homens e mulheres na política. Enquanto gestores homens
frequentemente têm seus momentos de lazer vistos como "descontração",
mulheres na mesma posição enfrentam cobranças por "postura exemplar"
em todos os aspectos.
Apesar da polêmica, a prefeita parece não ter se abalado. Em
meio às discussões, aproveitou para divulgar a programação do São João de
Marituba, demonstrando que segue focada em suas obrigações administrativas.
Veja o vídeo:
Do Estação Notícias