sábado, 14 de junho de 2025

Paulo Chaves Corretor é preso preventivamente acusado de aplicar golpes em vendas irregulares em Brejo da Madre de Deus

Justiça já havia suspendido transações em loteamentos envolvendo o investigado
A Polícia Civil de Pernambuco prendeu, na manhã nesta sexta-feira (13), o corretor de imóveis Paulo André Pereira Chaves, suspeito de aplicar golpes em vendas de terrenos no município de Brejo da Madre de Deus. A prisão preventiva foi após investigações que apontaram uma série de estelionatos praticados pelo acusado.

Segundo as apurações, Paulo Chaves utilizava sua profissão para receber valores de clientes com promessas de venda de imóveis que não eram concretizadas. Várias vítimas relataram prejuízos, o que levou à abertura de um inquérito e, posteriormente, à ordem de prisão expedida pela Justiça. O suspeito agora está à disposição da Justiça.

A prisão ocorre após decisões judiciais que já haviam suspendido vendas em loteamentos administrados pelo corretor. Em março deste ano, a Justiça determinou a paralisação imediata das transações no loteamento Arruamento Josefa Lima Dias, atendendo a uma ação movida pelo proprietário. O proprietário alegou que Paulo Chaves recebeu R$ 35 mil para regularizar a área, mas, em vez de cumprir o acordo, vendeu lotes sem autorização e sem repassar os valores devidos.

Outro caso semelhante envolve o Loteamento Maria de Souza Tavares, numa uma ação movida por herdeiros, onde o corretor arrecadou R$ 83 mil em vendas sem a devida regularização. A Justiça suspendeu as negociações e bloqueou atividades da imobiliária do acusado, que responde a ações com prejuízos superiores a R$ 759 mil.

Além da prisão, a Justiça já havia determinado o bloqueio de bens do investigado e a proibição de novos contratos envolvendo os terrenos irregulares. Cartórios e a Secretaria de Obras do município foram notificados para não reconhecerem transações relacionadas aos loteamentos sob investigação.

A Polícia reforça a importância de que outras possíveis vítimas procurem a delegacia para registrar ocorrências. Enquanto isso, o caso segue sob análise judicial, com medidas para evitar novos prejuízos a compradores.

Do Estação Notícias (Matéria em atualização)