segunda-feira, 30 de junho de 2025

Novo afundamento de asfalto atinge aeroporto de Fernando de Noronha em menos de uma semana

Pela segunda vez em uma semana, uma aeronave atolou no pátio do Aeroporto Governador Carlos Wilson, em Fernando de Noronha, devido ao afundamento do asfalto. O novo incidente ocorreu neste domingo (29), com um avião da Gol Linhas Aéreas que se preparava para decolar com destino a Guarulhos (SP). A situação impediu temporariamente a decolagem do voo G3 1776, que só seguiu viagem após a aeronave ser reposicionada.

De acordo com a Dix Aeroportos, concessionária responsável pela administração do terminal, o afundamento aconteceu em um trecho ainda não contemplado pelas obras de requalificação em andamento. A empresa informou que os protocolos de emergência foram acionados e que o avião foi retirado com segurança do local, passando por inspeção da equipe técnica da Gol antes de ser liberado.

A companhia aérea afirmou, em nota, que todas as medidas adotadas priorizaram a segurança e que o voo prosseguiu normalmente após a inspeção.

O episódio se soma a outro semelhante ocorrido no último dia 22, quando uma aeronave da Azul também enfrentou afundamento do piso no mesmo aeroporto. Ambos os casos aconteceram durante o taxiamento — momento em que o avião se move pelo pátio para decolar ou após pouso.

Apesar da recorrência, a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco (Semobi-PE) informou que o incidente deste domingo ocorreu em uma das posições de estacionamento e não afetou as operações do terminal, que seguem funcionando normalmente.

A Semobi adiantou que o local danificado passará por uma restauração emergencial já nesta segunda-feira (30). Além disso, com o fim do período chuvoso em Noronha, que compreende os meses de março a junho, as obras de requalificação das pistas de taxiamento, áreas de estacionamento e vias laterais serão retomadas a partir do dia 15 de julho. O material utilizado será o Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), escolhido por sua alta durabilidade e resistência.

Diante da reincidência dos problemas estruturais, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) manifestaram preocupação com a segurança operacional no terminal. Em nota conjunta, os órgãos lamentaram os incidentes recorrentes no aeroporto e afirmaram que eles colocam em risco a segurança aeroportuária, além de levantar dúvidas sobre a real funcionalidade da pista de taxiamento.

O MPor informou ainda que enviou, no último dia 22, um ofício solicitando esclarecimentos sobre as condições da infraestrutura do aeroporto e o cronograma das obras de requalificação. No entanto, até o momento, não houve resposta por parte da administração estadual, responsável pela manutenção do terminal e pela execução das intervenções.