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Casos de infecções e perda de visão acendem alerta sobre segurança em procedimentos médicos coletivos. Errta Rianny, de 43 anos foi uma das pessoas prejudicadas |
Os registros incluem episódios recentes, como o de Campina
Grande (PB), onde pelo menos 30 pessoas desenvolveram infecções após aplicação
de medicamentos. Situações semelhantes foram relatadas em Rondônia, Amapá,
Pará, Rio Grande do Norte e São Paulo. O CBO reforça que mutirões devem seguir
rigorosos protocolos sanitários e ser conduzidos exclusivamente por
especialistas, com acompanhamento pós-operatório mínimo de 30 dias.
Em Campina Grande, a paciente Errta Rianny, de 43 anos denunciou ter recebido colírio vencido para tratar infecção contraída após cirurgia. A Fundação Rubens Dutra, responsável pelo mutirão, nega fornecimento de medicamentos, alegando que a competência seria do Estado. Enquanto isso, o Ministério Público da Paraíba investiga o caso e submeteu amostras dos remédios à Vigilância Sanitária.
A Secretaria de Saúde estadual confirmou que seis frascos de
medicamentos usados no mutirão estavam vencidos e abertos. O contrato com a
fundação foi rescindido, e pacientes sintomáticos seguem em monitoramento. O
CBO alerta que mutirões com registros de infecções devem ser imediatamente
suspensos até conclusão das apurações.