A indústria pernambucana registrou crescimento de 6,5% em
fevereiro deste ano e obteve o melhor resultado diante da tendência de queda
nacional no setor. O levantamento foi divulgado, nesta terça-feira (8), pela
Pesquisa Industrial Mensal (PMI), do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). No país, sete dos 14 estados analisados recuaram na
passagem de janeiro para fevereiro, quando a produção industrial do país variou
-0,1%.
Diante do resultado positivo observado no estado, as maiores
quedas foram registradas na Bahia (-2,6%), Ceará (-1,0%) e São Paulo (-0,8%).
De acordo com o IBGE, o forte crescimento da produção industrial de Pernambuco
em fevereiro acontece após um movimento de queda de 25,1% verificada em
janeiro.
“A queda da indústria pernambucana em janeiro representou o
maior recuo em toda a série histórica para esse tipo de comparação. Já em
fevereiro, o setor que mais impulsionou esse comportamento positivo foi o de
máquinas, aparelhos e materiais elétricos, um setor bastante atuante na
indústria local. O movimento observado em fevereiro é um pouco compensatório em
relação a janeiro, eliminando parte da perda, e significa a alta mais intensa
para a indústria pernambucana desde dezembro de 2023, quando havia avançado
10,1%”, relembra o analista da PIM, Bernardo Almeida.
Já na comparação da variação anual com fevereiro de 2024, o
IBGE observou uma queda de 21,3%, menor apenas que a registrada no Rio Grande
do Norte (-24,5%), e que foram acompanhadas por mais 11 dos 17 estados
pesquisados. No acumulado em 12 meses, o crescimento de 0,8% na indústria
pernambucana foi acompanhado por 14 dos 17 estados.
RESULTADO NO ACUMULADO DO ANO
No acumulado analisado nos últimos doze meses, 14 estados
tiveram menor dinamismo em relação aos índices de janeiro. Rio Grande do Norte
(de 3,4% para -1,1%), Pernambuco (de 2,9% para 0,8%), Espírito Santo (de -2,5%
para -4,2%), Amazonas (de 2,6% para 0,9%), Rio Grande do Sul (de 1,6% para
0,3%) e Ceará (de 6,5% para 5,4%), Rio de Janeiro (de -0,6% para -1,5%), Goiás
(de 1,8% para 1,0%) e Mato Grosso do Sul (de 2,7% para 1,9%) registraram as principais
perdas entre janeiro e fevereiro de 2025. Já o Pará, que apresentou crescimento
de 5,4% para 5,7% , e Paraná (de 3,9% para 4,1%) mostraram os ganhos entre os
dois períodos.