Durante o carnaval, a Secretaria Estadual de Saúde do
Pernambuco informou que atendeu 16 pessoas furadas por agulhas. As vítimas de
supostos "carimbadores" — como são chamadas as pessoas que furam
indivíduos com objetos pontiagudos, como seringas e agulhas, com o objetivo de
passar doenças — foram atingidas durante a folia no Recife e na região
metropolitana.
De acordo com a pasta, as pessoas foram encaminhadas ao
Hospital Correia Picanço. A unidade é referência no tratamento e prevenção de
infecções sexualmente transmissíveis.
Por prevenção, as vítimas iniciaram o protocolo de quimioprofilaxia
pós-exposição a material biológico (risco ao HIV), que consiste no atendimento
clínico, coleta de exames laboratoriais, prescrição e dispensação da Profilaxia
Pós-Exposição ao HIV (PEP).
Registros em anos anteriores
No carnaval do ano passado, o estado registrou 29 pessoas
furadas por agulhas. Os casos foram registrados entre os dias 9 e 15 de
fevereiro. Delas, 16 eram mulheres e 13 eram homens. Entre os locais de
ocorrência, 13 casos foram no Recife e outros 11 em Olinda.
Já em 2020, foram registrados 41 casos de pessoas que
alegaram terem sido furadas por agulhas em Olinda, no Recife e no município de
Orobó, no Agreste pernambucano. Das vítimas, a maior parte (25) eram mulheres.
Além dos casos do Carnaval, o termo "carimbadores"
também é usado para classificar o grupo que faz sexo sem camisinha e sem
mencionar o HIV aos parceiros, no intuito de transmitir a doença.