Paciente tem 56 anos, é do Agreste de Pernambuco |
Segundo a médica intensivista Ana Flávia Campos, o vírus foi
transmitido pelo animal silvestre, o que pode aumentar a virulência, ou seja, a
capacidade do vírus se multiplicar no organismo. "Ela está sedada e sendo
monitorada da melhor forma possível, para que possamos investigar precocemente
as possíveis complicações da doença", afirmou Campos.
A mulher, natural de Santa Maria do Cambucá, Agreste de
Pernambuco, foi mordida pelo sagui na mão esquerda em 28 de novembro de 2024.
Na época, recebeu as primeiras orientações, mas não continuou o tratamento.
Trinta dias depois, ao sentir os sintomas e com o quadro em agravamento, buscou
atendimento na sua cidade e foi transferida para o Huoc no último dia de
dezembro.
Campos destacou a importância da profilaxia após o contato
com animais que possam veicular o vírus da raiva. "A raiva humana é uma
doença letal. Após o contato com animais potencialmente infectados, é
imprescindível procurar serviço médico imediatamente", reforçou a médica.
Ela está internada no Hospital Oswaldo Cruz no Recife |
De 2010 a 2024, o Brasil registrou 48 casos da doença,
associada a mordidas de cães, morcegos, primatas não humanos, raposas, felinos
e um único caso de bovino, conforme dados do Ministério da Saúde. A prevenção
pode ser feita por meio da vacinação, tanto em humanos quanto em animais de
estimação.
Na história recente, um adolescente pernambucano, Marciano
Menezes da Silva, se tornou o primeiro brasileiro a superar a raiva humana em
2009, após ser mordido por um morcego. Ele também foi tratado no Huoc.
Com informações do g1