De acordo com o documento, a medida tem como objetivo
restringir a circulação de dispositivos que possam ser associados a armas de
fogo, incluindo modelos que disparem bolinhas de gel, luzes, lasers ou emitam
sons e substâncias que reforcem essa semelhança. A intenção é proteger a
segurança pública, preservar a integridade física e emocional dos cidadãos e
conscientizar a população, especialmente crianças e jovens, sobre os perigos
desses simulacros.
O presidente da Câmara de Vereadores, Bruno Lambreta (PSDB),
afirmou que o projeto será debatido na próxima sessão e destacou a importância
da pauta diante dos crescentes relatos de incidentes envolvendo esses
dispositivos.
Essas armas disparadoras de bolinhas de gel têm causado
preocupação devido ao risco de ferimentos graves, especialmente nos olhos.
De acordo com dados da Fundação Altino Ventura (FAV),
referência no atendimento oftalmológico em Pernambuco, ao menos 68 pessoas
ficaram feridas entre o dia 30 de novembro e a quarta-feira (11) no estado.
Apenas até o início desta semana, já haviam sido registrados 50 casos de lesões
oculares.
A medida proposta em Caruaru segue exemplos de outras
cidades, como Olinda e Paulista, na Região Metropolitana do Recife, que já
aprovaram legislações semelhantes. A intenção é evitar a banalização do uso
desses simulacros e minimizar os riscos à saúde e à segurança pública.
Se aprovado, o projeto de lei reforçará os princípios da Lei
Orgânica do Município de Caruaru, promovendo uma maior conscientização e
proteção à população.