O deputado estadual Romero Albuquerque apresentou um Projeto
de Lei à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que propõe a proibição da
comercialização e uso das chamadas "gel blasters", ou "armas de
gel", no estado. O projeto busca atualizar a Lei Estadual nº 12.098/2001,
em resposta ao crescente número de incidentes envolvendo esses equipamentos.
No dia 25 de novembro, uma "brincadeira" entre
jovens com arma de bolinhas de gel resultou em uma briga que deixou uma pessoa
morta no Córrego do Abacaxi, em Olinda, no Grande Recife.
“Há algumas semanas a gente tem visto alguns casos
repercutindo em algumas localidades no Brasil e no Recife. Algumas pessoas nos
procuraram preocupadas. A gente continuou acompanhando e tem visto esses casos
recentes, inclusive matérias de pessoas que foram parar em clínicas. O que para
alguns é uma simples brincadeira, e que para mim não é, tem acarretado em situações
muito ruins, inclusive fatais”, afirmou o deputado em entrevista ao Diario de
Pernambuco.
As "armas de gel" têm sido apontadas como um risco
à segurança pública, devido ao seu potencial para causar ferimentos graves,
como lesões oculares que podem levar à cegueira. Além disso, o design que imita
armas reais tem gerado confusão em situações de confronto, resultando em risco
para os próprios portadores e também para outras pessoas que podem estar
passando por perto.
De acordo com o deputado, o Projeto de Lei visa incluir as
armas de bolinhas de gel na lista de itens que simulam armas, que não podem ser
vendidos.
O deputado Romero Albuquerque destacou a urgência da medida.
"Não podemos permitir que objetos vendidos como brinquedos coloquem vidas
em perigo. A proibição é necessária para proteger a população e evitar
tragédias", afirmou o deputado.
O fácil acesso às "gel blasters", especialmente
por meio de plataformas online, é outro fator de preocupação, pois elas não
atendem aos padrões de segurança estabelecidos por órgãos como o Inmetro. O
projeto também visa combater a banalização da violência, frequentemente
associada ao uso inadequado desses equipamentos em espaços públicos.