O homem conhecido como “Lázaro de Pernambuco” foi condenado
a cumprir uma pena de 26 anos e seis meses de reclusão pelo
assassinato da ex-companheira Kauany Mayara Marques da Silva, de 18
anos. A condenação de Edson Cândido Ribeiro foi decidida pelo Tribunal do Júri
da Comarca de Glória do Goitá, nesta quarta-feira (23).
De acordo com a assessoria de comunicação do TJPE, o “crime
apontado foi o de Homicídio Qualificado, de natureza hedionda, fundamentado em
motivo torpe; utilizando de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e
praticado contra a mulher (Feminicídio) - conforme o art. 121, §2º, I, IV e VI
do Código Penal Brasileiro c/c art. 1º, I, da Lei nº 8.072/1990”.
A juíza da Vara Única da Comarca de Glória do Goitá, que
presidiu o julgamento, Adriana Torres, negou o pedido da defesa do réu para que
Edson Ribeiro Cândido recorresse do resultado em liberdade, mantendo a
sua prisão preventiva.
O corpo de Kauany Mayara foi encontrado no dia 2 de
fevereiro de 2022 dentro de um bueiro que corta a comunidade de Capuchinho, em
Glória do Goitá, na Zona da Mata. Segundo uma denúncia oferecida pelo
Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Edson era ex-companheiro da vítima e
queria reatar o relacionamento, mas Kauany recusou reatar.
Um mês antes de matar a ex-companheira, Edson estuprou
e assassinou a estudante Jailma Muniz da Silva, de 19 anos. Ele foi
procurado pela polícia durante oito dias e por isso ficou conhecido como
“Lázaro de Pernambuco”, em referência ao caso de Lázaro Barbosa, que passou 20
dias fugindo da polícia no Distrito Federal, em 2021.
Edson já havia sido condenado a 43 anos de prisão
No primeiro julgamento, em janeiro deste ano, Edson foi
condenado a pena e 43 anos, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado,
pelo homicídio qualificado e estupro da estudante Jailma Muniz, crime cometido
em janeiro de 2022.
O corpo de Jailma foi encontrado em um matagal a 100 metros
de onde ela morava, após a vítima ter sido estuprada. Logo após assassinar a
vítima com golpes de faca, Edson Cândido Ribeiro fugiu, levando o aparelho
celular da jovem.
Além destes crimes, ele tem passagem pela polícia por
delitos cometidos em 2013. Em fevereiro, quando foi preso, Edson estava há
quatro meses em liberdade condicional, depois de já ter cumprido pena de sete
anos por roubo e estupro.