A empresa Nunes e Nunes havia sido contratada em 2017 pelo então prefeito Hilário Paulo para a prestação de serviços de locação de veículos ao município. Entretanto, irregularidades tanto no processo de contratação quanto na execução dos serviços, que envolviam mais de R$6 milhões, levaram o TCE-PE a expedir uma Medida Cautelar (Processo nº 18218970), determinando a suspensão de pagamentos à empresa nos processos licitatórios nº 015/2017 e 020/2017.
Apesar da ordem clara do Tribunal de Contas, Josevaldo Lopes, ao assumir o cargo de prefeito interino, contrariou essa determinação e autorizou o pagamento à Nunes e Nunes Transportes. Entre os empenhos quitados estão valores que somam mais de R$180 mil, incluindo pagamentos retroativos a dezembro de 2019, levantando suspeitas sobre as razões que levariam o gestor a quitar dívidas com uma empresa sob investigação.
Os empenhos autorizados por Josevaldo incluem:
Empenho nº 0285/001: R$65.024,26
- Empenho
nº 0285/002: R$62.523,29
- Empenho
nº 0284/001: R$14.277,00
- Empenho
nº 0284/002: R$14.277,00
- Empenho
nº 1211/011: R$24.220,43
Esses pagamentos, que somam um total de R$180.322, foram realizados sem que a maioria dos empenhos apresentassem atestados comprovando a prestação dos serviços ao município, um procedimento que deveria impedir a ordem de pagamento. Essa situação coloca em xeque a gestão de Josevaldo Lopes, que, mesmo ciente da medida cautelar imposta pelo TCE-PE, prosseguiu com a quitação dos valores.
A chapa de Josevaldo Lopes também enfrenta outro obstáculo político: sua vice, Nininha, foi recentemente condenada, no dia 10 de setembro de 2024, por assinar contratos com a mesma empresa Nunes e Nunes Transportes durante seu período como secretária de Ação Social do município.
Agora, tanto Josevaldo quanto Nininha estão no centro de uma investigação que envolve contratos do município, com valores superiores a R$6 milhões, e que foram condenados pelo TCE-PE devido à constatação de várias irregularidades. A situação levanta questionamentos sobre o tipo de administração que Josevaldo Lopes adotaria caso eleito, visto que, em apenas 28 dias como prefeito interino, uma de suas principais decisões foi desobedecer a uma ordem direta do Tribunal de Contas, beneficiando uma empresa sob investigação.
A repercussão do caso gera dúvidas entre os eleitores sobre a capacidade de gestão do candidato, com muitos se perguntando que tipo de prefeito ele seria diante de tais atos. A falta de transparência e o descumprimento de determinações legais colocam um ponto de interrogação sobre as intenções de Josevaldo Lopes na administração pública.
Segue os documentos:
Da Assessoria