A banana-nanica, ou banana Cavendish, é a espécie da fruta
mais consumida no mundo. Apesar de ser muito consumida e comercializada,
principalmente na Europa, nos Estados Unidos e em alguns países asiáticos, ela
sofre um risco iminente de extinção.
O mal-do-Panamá, doença causada por um fungo, vem devastando plantações inteiras. Agora, cientistas buscam alternativas para impedir que elas desapareçam.
A Cavendish só se tornou a espécie mais popular depois que outro tipo de banana foi extinta nos anos 1950. Chamada de Gros Michel, esta banana foi dizimada por uma doença causada pelo fungo Fusarium oxysporum raça 1, que bloqueia o transporte de água e minerais da planta.
Ao longo dos anos, cientistas desenvolveram a Cavendish,
resistente a este fungo. Agora, talvez a substituta enfrente o mesmo destino.
No Brasil, e na maioria dos países tropicais, são muitas as
espécies de banana disponíveis no mercado: banana-ouro, banana-prata,
banana-da-terra, banana-maçã, entre outras. No entanto, esta não é a realidade
da maior parte do mundo. A falta de diversidade de bananas pode significar um
risco para a sobrevivência da espécie, já que pode aumentar o risco de doenças
dizimarem plantações inteiras.
Descobertas recentes identificaram que o fungo causador da
doença que atinge a Cavendish possui genes que fazem com que ele produza mais
óxido nítrico, uma substância química que pode intensificar a infecção.
Cientistas acreditam que o excesso de óxido nítrico é o motivo pelo qual a
infecção é tão grave.
Em experimentos, os estudiosos conseguiram diminuir a
gravidade da doença removendo dois desses genes do fungo. Eles estão otimistas
que, ao explorar essa descoberta, poderão desenvolver um tratamento eficaz
contra a doença.
O estudo também mostrou que a doença que destruiu as
plantações de bananas na década de 1950 não é a mesma linhagem da cepa atual,
embora seja o mesmo tipo de fungo.