O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), identificou 301
crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil em oito municípios do
Agreste Pernambucano, durante megaoperação realizada entre os dias 1º e 8 de
Agosto. Dados foram divulgados nesta quinta-feira (8).
A fiscalização ocorreu nos seguintes municípios: Brejo da Madre de Deus, Caruaru, Toritama, São Caetano, Taquaritinga do Norte, Gravatá, Santa Cruz do Capibaribe e Cupira, onde foram fiscalizadas 10 feiras livres e 46 estabelecimentos, nos quais foi constatada a presença de trabalho infantil.
Na operação, que contou com o apoio da PRF, foram encontrados 298 crianças e adolescentes trabalhando em atividades previstas na “Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil” (Decreto nº 6.481/2008), e outras três tinham menos de 16 anos e não poderiam estar trabalhando.
De acordo com as informações da equipe de fiscalização,
dentro do grupo de crianças e adolescentes que foram identificados em situação
de trabalho infantil existiam:
- 41 crianças com idade de até 11 anos;
- 62 adolescentes com 12 e 13 anos;
- 198 com idade de 14 a 17 anos.
Na análise por gênero, 70% dos trabalhadores infantis eram
meninos e 30% meninas. Nos 46 estabelecimentos em que foi constatada a presença
de trabalho infantil, 91% pertenciam ao setor têxtil, com predominância de
facções.
"O trabalho infantil foi constatado nas mais diversas fases da cadeia têxtil dos municípios fiscalizados, estando presente em atividades insalubres e perigosas, desde o corte das peças nas facções até sua venda nas feiras livres”, disse Paula Neves, auditora-fiscal do Trabalho que coordenou a operação.
Ainda um segundo o MTE, as roupas fabricadas e vendidas a
baixos preços pelas mãos de crianças e adolescentes podem custar a saúde, a
educação e o futuro dos envolvidos.