O Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Pernambuco
(Sinpol-PE) anunciou, nesta terça-feira (2), que rejeitou a proposta salarial
enviada pelo Governo do Estado e irá paralisar as atividades por 24 horas. A
paralisação começará às 7h desta quarta-feira (3) e se estenderá até às 7h de
quinta-feira (4).
Além da paralisação, os policiais civis planejam realizar
uma passeata no dia 11 deste mês. A passeata começará às 10h30 na sede do
Sinpol-PE e seguirá em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do
governo estadual, na área Central do Recife. Durante a passeata, os policiais
prometem entregar todos os plantões do Programa de Jornada Extra da Segurança
(PJES) do mês de setembro.
As informações foram confirmadas pelo presidente do
Sinpol-PE, Áureo Cisneiros, após uma assembleia geral realizada na noite desta
terça-feira (2) na sede do sindicato, localizada no bairro de Santo Amaro, na
área Central do Recife.
Durante a paralisação de 24 horas, apenas os serviços de
liberação de corpos no Instituto de Medicina Legal (IML) em Santo Amaro, que
são prestados por peritos e médicos legistas, estarão disponíveis para a
população. "Além disso, os policiais só irão atuar em flagrantes e em
casos de violência doméstica", informou Áureo Cisneiros.
A decisão de rejeitar a proposta do governo foi unânime
entre os cerca de 1,8 mil votantes da assembleia. A proposta da Secretaria de
Administração (SAD) previa "recomposição salarial para o quadriênio
2023/2026, de forma que nenhum servidor receberá ganhos inferiores à inflação
no período, perfazendo em média, reajustes na ordem de 20%", segundo a pasta.
No entanto, Áureo Cisneiros destacou que a categoria está
insatisfeita com a proposta. "Reprovamos a proposta, pois não atende aos
policiais civis. Continuamos recebendo o pior salário do Brasil, um
rebaixamento total. Não aceitamos essa proposta, até porque não se fala em
investimentos na estrutura da polícia, não fala na melhora das delegacias, dos
complexos da Polícia Civil que a gestão anunciou e ainda não foi
implementado", criticou o presidente do Sinpol-PE.