Os resultados mostraram uma média de mais de 300 fragmentos de microplásticos em cada amostra de 200 ml de sedimento |
A pesquisa começou em 2019, com foco inicial em naufrágios
na costa de Pernambuco, e a partir de 2022 passou a incluir a coleta de
sedimentos em praias como Paiva, Suape, Porto de Galinhas e Tamandaré. Os
resultados mostraram que a praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho,
apresentou a maior concentração de microplásticos, com 695 fragmentos,
superando até mesmo praias de maior atividade turística como Porto de Galinhas.
A presença de microplásticos em uma área pouco habitada e
com reserva ambiental, como a praia do Paiva, levanta questões sobre as fontes
de contaminação e a influência de fatores ambientais e humanos. Além disso, a
pesquisa explora a presença de microplásticos em animais marinhos, como
esponjas filtradoras, indicando uma quantidade preocupante desses resíduos nos
organismos marinhos.
Os pesquisadores destacam que esses microplásticos
representam um sério risco tanto para o ecossistema marinho quanto para a saúde
humana. O estudo ainda está em andamento, com novos métodos sendo desenvolvidos
para melhorar a análise e a separação de microplásticos dos corpos dos animais
estudados.
O Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI), com
sede no Recife, é uma entidade privada sem fins lucrativos dedicada ao
desenvolvimento de soluções inovadoras para desafios tecnológicos e ambientais,
contando com uma equipe de mais de 150 cientistas e especialistas.