Primeiras informações da polícia indicam que mãe usou o veneno conhecido popularmente como "chumbinho" para tirar a vida da menina, de apenas 10 meses |
Parentes ainda disseram que a mulher, de 27 anos, descongelava
o corpo da menina todas as noites e chorava sobre o cadáver.
O relato da mãe foi dado em depoimento no Departamento
de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), segundo informações da TV
Guararapes. Ela passou a noite na unidade policial e foi levada, já na manhã
desta quinta-feira (23), à audiência de custódia.
A reportagem da Folha de Pernambuco entrou em contato com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e aguarda informações sobre o resultado da sessão.
A mulher teria cometido o crime há cerca de um mês, segundo as primeiras informações da polícia, e, durante todo esse tempo, manteve o corpo escondido em uma geladeira na própria casa, localizada na comunidade Dom Helder, no bairro de Candeias.
No depoimento, a mãe afirmou ter dado o veneno diretamente
na boca da menina e entregou o leite logo depois por ter se arrependido. O
efeito do "chumbinho", no entanto, não foi cortado, e a menina
morreu.
Na saída do DHPP, no começo da manhã desta quinta-feira, ela
não respondeu às perguntas feitas pela imprensa.
O corpo da criança foi encaminhado para perícias no Instituto
de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, área central da Capital
pernambucana, de onde será liberado para o enterro.
Em fala à TV Guararapes, a mãe da mulher e avó da criança
afirmou que, durante a madrugada da quarta-feira (22), a suspeita foi à casa
dela chorando muito e entregou um vidro com "chumbinho" dizendo
que havia matado a menina. A mulher também pensava em matar o outro filho,
de 7 anos, e tirar a própria vida.
"Todo dia, quando chegava do trabalho, pegava a criança
do congelador, botava em cima da cama, chorava muito e quando saía para
trabalhar colocava a criança de volta no congelador", disse a avó.
A Polícia Civil permanece investigando o caso. "As investigações seguirão até a elucidação dos fatos", informou a corporação.
Fonte: Folha de Pernambuco