Mais dois casos do superfungo Candida auris foram
registrados no Hospital Getúlio Vargas (HGV), no Cordeiro, Zona Oeste do
Recife. Uma das vítimas, uma idosa de 74 anos, morreu no dia 4 de
fevereiro pelo agravamento de doenças pré-existentes, segundo a Secretaria
Estadual de Saúde (SES).
O outro paciente também é um idoso, de 72 anos, e
segue internado de forma isolada na mesma unidade de saúde. A
secretaria informou que mesmo antes dos pacientes testarem positivo para o
superfungo, já estavam em isolamento.
Os dois novos pacientes foram submetidos ao recolhimento de
material biológico para confirmar a infecção pois eles estiveram no mesmo
ambiente onde outros três pacientes infectados.
No final de fevereiro, a SES confirmou a morte de três
mulheres, de 77, 75 e 44 anos de idade, infectadas pelo fungo no
Hospital Getúlio Vargas. A unidade de saúde havia intensificado os protocolos
de segurança, reforçando a limpeza e isolamento da área desde o dia 24 de
fevereiro. Até o momento foram registrados cinco casos de infecção pelo
superfungo no Recife.
O fungo Candida auris infecciona a corrente sanguínea, fazendo
com que novas infecções no paciente sejam fatais, principalmente se eles
forem imunocomprometidos ou possuírem comorbidades.
Na maioria das vezes, as pessoas que contraem este fungo já
possuem outras doenças e há uma certa dificuldade para identificar a infecção
pelo Candida auris. O superfungo consegue sobreviver a temperaturas elevadas de
37ºC a 42ºC e sobrevive em diversos ambientes por longos períodos.
Os pacientes infectados desenvolvem sintomas como febre,
tontura, alteração da pressão arterial, dificuldade para respirar e aceleração
do ritmo cardíaco. Os sintomas tendem a melhorar com antibióticos para uma
suspeita de infecção bacteriana.
A higienização das mãos é uma das maneiras mais
eficientes para se prevenir do Candida auris. A ação de profissionais da saúde
também auxilia no combate ao fungo.
Fonte: Diario de Pernambuco