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Casos são de foliões que procuraram atendimento no Hospital de referência no tratamento e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis.Foto: Pixabay |
Durante o período carnavalesco, pelo menos 29 pessoas
buscaram atendimento médico após relatarem terem sido vítimas de
"agulhadas" durante as festividades. Todos os casos foram registrados
no Hospital Correia Picanço, localizado na Tamarineira, Zona Norte do Recife,
uma referência no tratamento e prevenção de infecções sexualmente
transmissíveis (ISTs).
Segundo informações divulgadas pela Secretaria Estadual de
Saúde (SES), dos 29 pacientes atendidos, 16 eram mulheres e 13 homens. Os
relatos indicam que essas pessoas sentiram uma dor repentina durante os eventos
carnavalescos, sem conseguirem identificar a fonte do ferimento.
Os atendimentos ocorreram entre os dias 9 e 15 de fevereiro,
abrangendo diversas localidades de folia, sendo 11 casos registrados em Olinda,
seis durante o desfile do Galo da Madrugada no Centro do Recife e sete no Marco
Zero, principal polo de shows da capital pernambucana. Cinco casos não tiveram
a localização precisa divulgada.
Os pacientes atendidos no Hospital Correia Picanço foram
submetidos a protocolos de prevenção ao HIV, recebendo atendimento clínico,
coleta de exames, prescrição de medicamentos e Profilaxia Pós-Exposição ao HIV
(PEP), todos gratuitamente. Além disso, serão acompanhados no ambulatório
especializado da própria unidade de saúde, realizando exames de acompanhamento
após 30 e 90 dias.
Este não é um fenômeno isolado. Em anos anteriores, casos
semelhantes foram relatados durante o Carnaval na região, com 300 casos
registrados em 2019 e 215 em 2020. Apesar dos esforços, até o momento, nenhum
suspeito foi preso em conexão com esses incidentes, conforme informações
divulgadas pela Polícia Civil.