quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Quase 30 pessoas levam 'agulhadas' no carnaval do Recife e de Olinda

Casos são de foliões que procuraram atendimento no Hospital de referência no tratamento e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis.Foto: Pixabay

Durante o período carnavalesco, pelo menos 29 pessoas buscaram atendimento médico após relatarem terem sido vítimas de "agulhadas" durante as festividades. Todos os casos foram registrados no Hospital Correia Picanço, localizado na Tamarineira, Zona Norte do Recife, uma referência no tratamento e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Segundo informações divulgadas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), dos 29 pacientes atendidos, 16 eram mulheres e 13 homens. Os relatos indicam que essas pessoas sentiram uma dor repentina durante os eventos carnavalescos, sem conseguirem identificar a fonte do ferimento.

Os atendimentos ocorreram entre os dias 9 e 15 de fevereiro, abrangendo diversas localidades de folia, sendo 11 casos registrados em Olinda, seis durante o desfile do Galo da Madrugada no Centro do Recife e sete no Marco Zero, principal polo de shows da capital pernambucana. Cinco casos não tiveram a localização precisa divulgada.

Os pacientes atendidos no Hospital Correia Picanço foram submetidos a protocolos de prevenção ao HIV, recebendo atendimento clínico, coleta de exames, prescrição de medicamentos e Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), todos gratuitamente. Além disso, serão acompanhados no ambulatório especializado da própria unidade de saúde, realizando exames de acompanhamento após 30 e 90 dias.

Este não é um fenômeno isolado. Em anos anteriores, casos semelhantes foram relatados durante o Carnaval na região, com 300 casos registrados em 2019 e 215 em 2020. Apesar dos esforços, até o momento, nenhum suspeito foi preso em conexão com esses incidentes, conforme informações divulgadas pela Polícia Civil.