Pernambuco registra 1.208 pessoas que adoeceram este ano, até
o último dia 10 de fevereiro, com sintomas prováveis de dengue - uma alta de
mais de 113,4%, em comparação com o mesmo período de 2023. Do total de casos,
146 foram confirmados, e quatro apresentaram manifestações graves da infecção.
Os dados estão no boletim epidemiológico da Secretaria
Estadual de Saúde (SES-PE), divulgado na tarde desta sexta-feira (16).
Segundo o balanço, o Estado investiga seis mortes associadas
a arboviroses. Entre eles, uma menina de 10 anos, que morava em Petrolina, no
Sertão. Ela foi a óbito com suspeita de dengue no último dia 6 e, segundo a
SES-PE, não apresentava comorbidades.
É a quinta semana consecutiva, em Pernambuco, acima da linha
superior do diagrama de controle, que analisa os últimos 10 anos da doença,
excluindo os anos epidêmicos.
"Esse desempenho, apesar de colocar o Estado em
vigilância para o crescimento dos indicadores, ainda não deixa Pernambuco
próximo de uma situação de emergência", analisa, em nota, a SES-PE.
A incidência geral de 13,3 casos prováveis de dengue por
100.000 habitantes está distante do referencial do Ministério da Saúde (MS)
para uma alta incidência (considerada quando se ultrapassa o patamar de 300
casos/100.000 habitantes).
No entanto, o boletim epidemiológico aponta que o Estado já
tem, neste ano de 2024, os primeiros municípios com média e alta incidência -
aqueles que se encontram com indicadores entre 100 e 300 casos por 100.000
habitantes. Dentro desse patamar, estão Fernando de Noronha, Araçoiaba, Gravatá
e Belém do São Francisco.
O balanço da SES-PE ainda traz dados das demais arboviroses.
Foram notificados 354 casos prováveis de chikungunya - um aumento de 23,8%
em relação ao mesmo período do ano passado. Do total, foram confirmados 28
casos da doença.
Sobre zika, há 19 casos prováveis, sem nenhuma confirmação.
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Fonte: JC