O Governo de Pernambuco lançou, nesta segunda-feira (26), o
Plano de Contingência das Doenças Respiratórias Sazonais na Infância para o ano
de 2024, chamado de 'Infância Protegida'. Com a presença da governadora Raquel
Lyra e da vice, Priscila Krause, o documento foi apresentado pela secretária de
Saúde, Zilda Cavalcanti.
O objetivo do programa é determinar ações para garantir a
rápida detecção e resposta aos casos, surtos ou epidemias decorrentes da
circulação dos vírus respiratórios. Para minimizar o impacto da demanda de
internamentos, foi anunciada a criação de mais de 100 leitos de internamento
pediátrico da rede de saúde do Estado.
"Estamos investindo R$ 9 milhões por mês para garantir
o material humano, os insumos necessários para este enfrentamento com a
abertura dos leitos adequados. E não estamos atuando somente durante a
sazonalidade dessa síndrome, mas o ano inteiro. No ano passado criamos 135
leitos e já temos prontos mais 100 para serem abertos quando forem necessários.
Então, a nossa expectativa é oferecer um tratamento mais eficiente para as
crianças pernambucanas", afirmou Raquel Lyra.
As doenças do sistema respiratório foram a principal causa
de internação entre crianças no Estado de Pernambuco no ano de 2023,
especialmente nos meses entre março e agosto, período que apresenta aumento
considerável de casos de infecções virais e bacterianas.
O Plano servirá como diretriz para os serviços da rede de
atenção e atua de forma transversal para mobilizar a sociedade para adoção de
medidas preventivas, como a vacinação contra a influenza, pneumococos e
Covid-19, e de controle da transmissão. Além disso, também atuará com um painel
de monitoramento da ocupação de leitos, na divulgação de campanhas de
conscientização da população, capacitação de profissionais de saúde e a
realização de atendimentos por Teleinterconsulta.
No período correspondente à sazonalidade do ano de 2023,
entre os meses de março a julho (correspondentes as Semanas Epidemiológicas 09
a 30), Pernambuco recebeu a notificação de 2,6 mil casos da Síndrome
Respiratória Aguda Grave (Srag), na faixa etária de 0 a 12 anos de idade. Dos
casos notificados, foi possível identificar o agente etiológico em 686 deles.