A paralisação de
advertência de 24 horas deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco
nesta quarta-feira (24) impactou diversos serviços, de acordo com o presidente
do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol), Áureo Cisneiros.
Uma das áreas afetadas foi a liberação de corpos no
Instituto de Medicina Legal (IML) em Santo Amaro, Recife, que apresentou
lentidão durante a paralisação. O Sinpol destacou que os boletins de ocorrência
podem ser feitos online, mas ressaltou o atraso nas audiências de custódia
devido à necessidade de os presos passarem pelo IML para exames.
O presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, afirmou que entre 25 e 30 corpos são liberados diariamente no IML do Recife. Ele ressaltou que a mobilização continua em busca de melhorias salariais e estruturais, além do aumento no efetivo policial. Atualmente, o Sinpol afirma que o efetivo está em 5.300 policiais, enquanto o ideal seria de 11 mil.
"Hoje está muito mais lento, porque os médicos legistas
e os agentes de medicina legal estão em operação padrão. Estão respeitando
inclusive a legislação e o protocolo daqui do IML", declarou Cisneiros.
Ele reforçou que a categoria busca diálogo com o governo para discutir suas
reivindicações.
O médico-legista Carlos Medeiros destacou que o movimento é conjunto entre as Polícias Científica e Civil, enfatizando a importância da luta por melhorias estruturais e salariais. "É o começo de uma grande luta. Médicos e peritos unidos. Pedimos ao governo para discutir problemas estruturais e salários. Um problema grave. Seguimos em operação padrão", afirmou.