sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Funcionária de posto de saúde é presa por atender criminosos feridos de forma clandestina e passar dados de pacientes a quadrilha

Investigação da polícia também aponta que mulher é mãe de um integrante de uma organização criminosa e ostentava itens de luxo nas redes sociais

Uma chocante descoberta abalou a tranquilidade de Ipojuca, no Grande Recife, quando uma funcionária de um posto de saúde foi presa sob a acusação de integrar uma quadrilha e abusar de sua posição para repassar dados confidenciais de pacientes a criminosos. A prisão ocorreu na última quinta-feira (30) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Porto de Galinhas, um dos destinos turísticos mais importantes de Pernambuco.

A mulher, de 41 anos, ocupava uma posição privilegiada dentro do grupo criminoso, que está sendo investigado por uma série de crimes, incluindo homicídios, tortura, estabelecimento de cemitérios clandestinos para disposição de corpos e tráfico de drogas na região de Porto de Galinhas.

As investigações revelaram que a funcionária do posto de saúde aproveitava sua posição para coletar dados de pacientes e repassá-los à organização criminosa. Ela utilizava essas informações para cadastrar chips e linhas telefônicas em nomes dos pacientes, sem o conhecimento ou consentimento destes.

Além disso, a criminosa providenciava atendimento médico clandestino a membros da facção feridos em confrontos com a polícia. Utilizando atestados médicos falsificados, ela os encaminhava a hospitais do município, evitando a formalização de suas presenças para escapar da vigilância policial.

A polícia também revelou que a suspeita, além de sua conexão direta com a quadrilha, é acusada de ordenar o assassinato de duas pessoas este ano, supostamente devido a disputas relacionadas ao volume de som. A investigada, que é mãe de um integrante da organização criminosa, ostentava ostensivamente itens de luxo em suas redes sociais.

A acusada foi conduzida à delegacia de Porto de Galinhas e enfrenta acusações de receptação culposa. O caso permanece sob investigação, enquanto as autoridades buscam desvendar a extensão de sua participação nos crimes atribuídos à quadrilha.

Fonte: g1