quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Em um ano, nenhuma criança nasceu em 35 cidades de Pernambuco

Não nasceu ninguém em 35 municípios pernambucanos e no Arquipélago de Fernando de Noronha em um ano inteiro (veja lista abaixo). Longe de demonstrar que a taxa de natalidade dessas cidades está caindo, o dado reflete a realidade de diversas cidades do estado onde não há estrutura para atendimento obstétrico e ginecológico.

O levantamento, feito pelo Tesouro Nacional a pedido do g1, analisou 50% de todos os atendimentos do Sistema Único em Saúde (SUS) no estado em 2021, ano dos dados consolidados mais recentes. O Tesouro faz esse tipo de análise para acompanhar onde e de que forma os recursos públicos são aplicados.

A ausência de casas de parto e maternidades faz com que as gestantes residentes no estado precisem viajar até centenas de quilômetros para realizar alguns procedimentos do pré-natal e também para dar à luz. Mais da metade das pernambucanas deu à luz em uma cidade diferente da que vive, no período analisado.

Em Pernambuco, em 2021, não nasceu ninguém nos seguintes municípios:

  • Abreu e Lima
  • Araçoiaba
  • Bezerros
  • Brejinho
  • Buenos Aires
  • Calumbi
  • Carnaíba
  • Chã de Alegria
  • Ferreiros
  • Igarassu
  • Itamaracá
  • Ingazeira
  • Itapissuma
  • Joaquim Nabuco
  • Maraial
  • Moreilândia
  • Moreno
  • Palmeirina
  • Paulista
  • Poção
  • Primavera
  • Quixaba
  • Rio Formoso
  • Salgadinho
  • Santa Maria do Cambucá
  • Santa Terezinha
  • São José da Coroa Grande
  • Tacaimbó
  • Terra Nova
  • Timbaúba
  • Tracunhaém
  • Verdejante
  • Vertente do Lério
  • Vicência
  • Xexéu

Os dados do Tesouro Nacional mostram 52.835 atendimentos relacionados a partos e obstetrícia a mulheres residentes em Pernambuco. Foram 32.205 partos de mulheres residentes no estado, das quais 16.179 (50,25%) precisaram ser deslocadas de município para parir.