Após a identificação de duas novas sublinhagens de uma
variante do coronavírus no Brasil (JN.1 e JG.3), o Ministério da Saúde reitera
que a vacinação é o principal meio de proteção contra a covid-19. Por isso, a
pasta recomenda uma nova dose da vacina bivalente para grupos prioritários. Em
Pernambuco, a orientação do ministério já está sendo coloca em prática.
No Estado, desde o fim do mês de outubro, observa-se aumento
no número de casos da infecção. Há um incremento na quantidade de confirmações
semanais (passou de 89 casos na última semana de outubro para 776 casos no
período de 26/11 a 2/12) e na taxa de positividade (de 3,8% para 16,6% no mesmo
período). Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE),
aproximadamente 97% dos casos se configuram como leves até o momento.
Com a recomendação do Ministério da Saúde de uma nova dose
da vacina bivalente para pessoas a partir de 60 anos e imunocomprometidos acima
de 12 anos de idade, que tenham recebido a última dose do imunizante há mais de
6 meses, a SES-PE indica que os municípios devem seguir essa orientação do
Ministério da Saúde.
O comunicado está em nota técnica, publicada nesta
quarta-feira (6), pela SES-PE.
"Devido ao aumento de casos de covid-19, os municípios começaram a se organizar para intensificar a vacinação. Nesta quarta, fizemos um comunicado para que todos começassem a vacinar com a bivalente", diz a superintendente do Programa Nacional de Imunizações de Pernambuco (PNI-PE), Jeane Torres.
"As salas de vacinas estão abastecidas, e o grupo prioritário deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima de suas casas", acrescenta.
A JN.1, inicialmente detectada em exames realizados no
Ceará, vem ganhando proporção global, correspondendo a 3,2% das detecções no
mundo.
Já a sublinhagem JG.3, também verificada recentemente no
Estado do Nordeste, vem sendo monitorada, pelo Ministério da Saúde, em São
Paulo, no Rio de Janeiro e em Goiás nos últimos meses. As subvariantes já foram
encontradas em 47 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nesse momento, a SES-PE reforça que as medidas não
farmacológicas, aliadas à vacinação, são importantes para evitar possíveis
riscos relacionados à covid-19 e suas sequelas. Recomendam-se a lavagem frequente
das mãos, o uso de máscaras nos casos de aparecimento de sintomas respiratórios
e, se possível, as aglomerações devem ser evitadas.