O número de idosos centenários em Pernambuco quase
dobrou em um intervalo de 22 anos, entre os Censos de 2000 e 2022. Em
2000, eram 1.121 moradores do Estado com 100 anos ou mais. No
recorte do ano passado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) na última sexta-feira (27), esse total saltou para 2.141,
um aumento percentual de quase 91%.
Na comparação com o penúltimo Censo, de 2010, o número
aumentou 34%. Naquele ano, eram 1.599 centenários em Pernambuco.
As mulheres eram maioria no Censo 2000 e o cenário se
manteve nos dois levantamentos seguintes:
- Censo 2022: 1.552 mulheres (72,5%) e 589 homens
(27,5%);
- Censo 2010: 1.212 mulheres (76,0%) e 387 homens (24,0%);
- Censo 2000: 653 mulheres (58,2%) e 468 homens (41,8%).
Em todo o Brasil, o número de idosos centenários saltou
de 22,7 mil em 2010 para 37,8 mil em 2022. O crescimento é de 67% em
pouco mais de uma década. Ou seja, a população centenária de Pernambuco representa 5,66% no
cenário nacional.
O Recife é a 6ª cidade do Brasil e 3ª do
Nordeste com o maior número absoluto de centenários, com 338
habitantes.
À frente da capital pernambucana estão São Paulo (1.761), Rio
de Janeiro (1.390), Belo Horizonte (652), Salvador (516)
e Fortaleza (434). Completam o top-10 Porto Alegre (325), Belém (307), Brasília (300)
e São Luís (264).
Os números confirmam o envelhecimento da população
pernambucana e da brasileira na totalidade. O IBGE também divulgou que o total
de idosos com 65 anos ou mais do que dobrou nas últimas quatro décadas no
Estado e agora representa 10,2%.
“O estreitamento da base da pirâmide e o alargamento do seu topo são fluxos que caracterizam uma população em envelhecimento e resultam da relação entre o processo de redução da fecundidade e mortalidade e variação do saldo migratório da população, ao longo dos anos”, informou o IBGE.