A sensação de muitos pernambucanos é que este mês de
Setembro tem sido mais chuvoso que nos últimos anos no Estado. No entanto,
a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) confirmou que essa é
apenas uma impressão.
Isso porque, até o início desta semana, segunda18 de
setembro, havia precipitado menos que a média esperada para o mês. "[No
Recife], estamos próximos à média, mas grande parte dos municípios estão abaixo
dela", disse a meteorologista Zilurdes Lopes.
Para a capital pernambucana, por exemplo, a média de chuva
acumulada até 30 de setembro é de 122 milímetros. Até então, contudo, só havia
chovido 41 milímetros até ontem.
"Apesar dessa sensação de estar chovendo todo dia, as
chuvas são fracas. Todo dia está chovendo, mas fraquinho",
pontuou Zilurdes.
Vale lembrar que, oficialmente, o Estado ainda vive a
estação do inverno. A primavera só chega no próximo sábado, 23 de setembro. A
partir daí, as temperaturas devem começar a subir.
“A primavera no Estado é a estação mais quente e mais seca.
Na Região Metropolitana a média de chuva é inferior a 50 mm, na Zona da Mata
30mm e Agreste 20mm. O Sertão é muito quente, com média de temperatura de 35ºC
e baixa umidade”, alertou a especialista.
ONDA DE CALOR VAI POUPAR PERNAMBUCO
A Apac também afirmou que a onda de calor que
pode levar os termômetros a baterem 43ºC pelo Brasil não deve acontecer em
Pernambuco.
As temperaturas no Estado pode ficar um pouco acima da média
somente no Sertão. "Pode ter algumas regiões do Nordeste com municípios
isolados com temperaturas maiores", afirmou o meteorologista da Apac, Roni
Guedes.
Ainda assim, terão a intensidade de calor de outras áreas do
Brasil, como Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Amazonas, Pará,
Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão.
"[Nesses locais], a temperatura deve ficar 5ºC acima da
média durante vários dias consecutivos. Serão vários dias com temperaturas
acima dos 40ºC, podendo chegar até aos 43ºC no centro-oeste, que se traduzem em
riscos para saúde humana", explicou ele.
O forma uma onda de calor é a atuação de uma zona de alta
pressão, segundo o especialista. "Provoca um movimento de cima para baixo
na atmosfera, inibindo a formação de nuvens e aquecendo bastante a superfície,
formando uma espécie de cúpula", disse.
"Dentro dela, associada a alta pressão, a ausência de nuvens e o aquecimento da superfície, acaba provocando temperaturas muito acima do normal", completou Guedes.