O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE)
decidiu, nesta quinta-feira (24), que o padre Airton Freire, réu em processos
por crimes sexuais, deve aguardar julgamento em prisão domiciliar e
fazer uso de tornozeleira eletrônica.
Dois membros da 1ª Câmara Regional de Caruaru do Tribunal de
Justiça de Pernambuco (TJPE) manifestaram apoio à solicitação da defesa do
padre, enquanto um deles se posicionou de forma contrária.
"Na sustentação, deixamos claro que o padre corre,
conforme os laudos médicos, risco altíssimo de morrer na prisão, onde não
poderia ter atendimento médico adequado e rápido”, disse o advogado do
religioso, Marcelo Leal.
O padre Airton precisou voltar para a Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) do Real Hospital Português, no Recife, no início da semana,
depois de ser submetido a uma cirurgia cardíaca.
De acordo com a defesa, ele "teve um bloqueio
atrioventricular total, uma complicação possível nesse tipo de cirurgia".
O TJPE disse em nota que "os processos e procedimentos
que tratam de crimes contra a dignidade sexual correm em segredo de
justiça".