A causa exata da morte dos peixes ainda é desconhecida, mas
especialistas em meio ambiente alertam para a gravidade do cenário. O biólogo
Alexandre Nunes, em entrevista ao Caruaru no Face, destacou que a situação
merece ser tratada como um desastre ambiental e requer investigação imediata.
Entre as possíveis causas naturais que podem ter contribuído
para o desastre, o biólogo mencionou a influência da temperatura e a degradação
de substâncias orgânicas no manancial. A Barragem do Prata também é habitada
por plantas da espécie baronesa, o que indica a presença de resíduos orgânicos
no local. No entanto, a suspeita é de que as mortes dos peixes sejam resultado
de ações humanas e não de causas naturais.
"Pelas características do cenário, isso mostra que,
provavelmente, essas mortes são provocadas por fatores antrópicos, ou seja, que
são realizados pelo homem", explicou Alexandre Nunes.
Em resposta à situação, o biólogo coletou amostras da água
da barragem para análise laboratorial. A Compesa, empresa responsável pelo
manancial, já está ciente do ocorrido e também realizou coleta de amostras da
água para entender a causa do evento.
Em nota, a Compesa esclareceu que antes de ser distribuída à
população, a água da Barragem do Prata passa por um rigoroso processo de
tratamento que garante a sua potabilidade. Portanto, a empresa assegura que não
há riscos para a saúde da população em relação ao consumo da água tratada.
Enquanto especialistas e a Compesa prosseguem com as investigações, é fundamental que a comunidade local esteja atenta aos desdobramentos e aos cuidados necessários para preservar o meio ambiente e garantir a sustentabilidade do ecossistema na região da Barragem do Prata.