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No momento a governadora precisa de mais agilidade da equipe e de maior diálogo com a Assembleia e com os prefeitos. |
Ouvido esta semana por uma rede de emissoras de rádio do
interior, o prefeito de Brejo da Madre de Deus, Roberto Asfora, expôs, talvez,
o melhor retrato da administração da governadora Raquel Lyra, que tem se
caracterizado por seguidos embates com o Poder Legislativo. Segundo ele, ela
tem apanhado nesse início de mandato porque “inaugurou um novo modo de fazer
política em Pernambuco”. Ao blogdellas, completou seu raciocínio: “há um modo
Raquel de governar. Ela é mais prudente, segura, e isso não casa com os
políticos, inclusive os deputados, que estão ávidos por obras e benesses para
suas bases, o que é natural, e estranham esse comportamento”.
Asfora observa que “além disso, Raquel foi eleita, de forma
inédita no estado e de maneira imprevisível, quase sem palanque e, por isso
mesmo, sem amarras de favores. Pode, portanto, se dar ao luxo de estar mais
lenta”. Em que isso tudo pode resultar, se a classe política é a mesma de
antes? O prefeito acha que o conserto virá: “ela é seriíssima, é inteligente,
tem capacidade de fazer o estado crescer. Vai dar um upgrade Pernambuco, mas ao
modo dela”.
Esta semana, casando com o raciocínio do prefeito, o
Instituto Paraná Pesquisas publicou ranking dos governadores brasileiros e
atestou que Raquel tem 63% de aprovação da população do Recife, sendo a
primeira em popularidade no Nordeste. Com tal nível de satisfação, como
observou um deputado estadual da base governista, “os problemas que ela tem
enfrentado, incluindo o movimento dos professores, não afetaram o crédito de
confiança que recebeu da população em 2022 e, pelo visto, ainda permanece”.
Lua de Mel
Mas até onde essa lua de mel vai durar? O próprio prefeito admite que as coisas
precisam mudar. “Raquel já deve ter percebido que a administração precisa de
uma acelerada, de mais agilidade da equipe e de maior diálogo com a Assembleia
e com os prefeitos. Não são apenas os parlamentares, os prefeitos também estão
inquietos, querem o Governo presente em seus municípios. Esperamos que essa
necessidade dos demais atores políticos vença as peculiaridades de uma gestão
que é diferente, mas necessita de adequação”.
Estradas
No entorno da governadora e até mesmo na sua bancada na Alepe as esperanças de dias melhores estão concentradas nos recursos que ela vai receber proximamente, mediante empréstimo no Banco do Brasil. São R$ 900 milhões que, segundo um secretário entendido no assunto, “vão espalhar obras em todas as regiões”. Pensando nisso, já há uma lista de estradas estaduais, para serem concluídas ou recuperadas, à espera desses recursos. “Raquel está com a faca e o queijo na mão. Se tiver capacidade de execução vai dar um salto no quesito estradas” - afirma um deputado federal governista, lembrando que, tanto os prefeitos quanto os parlamentares, colocam as estradas como prioridade número um em suas preocupações.
Fonte: BlogDellas