O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou
à Polícia Militar do Estado a anulação da prova objetiva e demais
etapas subsequentes da seleção interna para oficiais da administração.
No pedido, divulgado nesta terça-feira (20), no Diário Oficial do MPPE, a promotora de Justiça Selma
Magda Pereira informa que diversas denúncias relatam irregularidades nas
questões objetivas da prova.
Entre os erros apontados, estão opções de
resposta com recuos diferenciados ou com tonalidade mais escura
que as outras, além do uso de relógio na prova, objeto proibido na
ocasião.
Atualmente, estão em curso cinco ações judiciais que pedem
a anulação do concurso.
Na recomendação, a juíza informa que a questão 21 da prova chegou a ser anulada pelo Instituto de Apoio à Fundação Universidade de Pernambuco (IAUPE), banca responsável pelo concurso, por constar uma maior quantidade de tonner sobre uma das opções de resposta.
Apesar da ação, o documento diz que as denúncias também
apontam irregularidades nas questões 25, 33, 42, 43, 50 e 51 da prova
objetiva, e que estas não foram anuladas.
"Em análise das fotos e dos vídeos encaminhados na
denúncia, é possível perceber, claramente, diferenças de recuos e
de coloração nas assertivas corretas – de acordo com o gabarito oficial, o
que levaria aos candidatos a indução da resposta correta", afirma
a promotora Selma Magda.
A seleção interna para o preenchimento de 99 vagas - 97 para
oficial da administração e duas para oficial músico
- contou com a presença de 998 candidatos no dia de prova.
O teste ocorreu no último dia 23 de abril e contou
com questões de múltipla escolha nas áreas de linguagens, códigos,
estatísticas e suas tecnologias, conhecimentos jurídicos, além de uma prova
discursiva.
No documento do MPPE, a juíza pede que a PM
apresente manifestação no sentido de acatamento da recomendação no
prazo de cinco dias úteis.