De acordo com o secretário da Fazenda do Estado de
Pernambuco, Wilson José de Paula, o esforço da administração da governadora
Raquel Lyra é regularizar os pagamentos em aberto da gestão anterior em
paralelo à quitação ordinária dos serviços correntes do atual exercício.
Segundo ele, diante das dificuldades orçamentárias e de caixa deixadas pelo
governo anterior, o momento é de regularizar as contas para garantir a
sustentabilidade fiscal.
Os maiores débitos de Restos a Pagar do governo anterior se
referem a empenhos dos Encargos Gerais da Secretaria da Fazenda (R$ 249
milhões), da Secretaria de Saúde (R$ 234 milhões), da Secretaria de Educação
(R$ 224 milhões) e da Universidade de Pernambuco (57 milhões).
Conforme os relatórios fiscais de 2022 publicados em 30 de
janeiro passado, o Estado de Pernambuco fechou o ano com déficit orçamentário
de R$ 28 milhões além de um déficit primário de R$ 567 milhões. Dos R$ 395
milhões de disponibilidade de caixa de recursos não vinculados, R$ 303 milhões
já foram obrigatoriamente utilizados na primeira semana do governo. Em 2022,
enquanto a receita cresceu 16,2% (incremento de R$ 7,15 bilhões), a despesa
aumentou em um ritmo ainda maior (21,7%, R$ 9,18 bilhões), impossibilitando o
equilíbrio das contas.
*Conteúdo da assessoria