No termo, consta que o grau de sigilo foi
classificado como "reservado". Desta forma, a população não terá mais
acesso às informações sobre a quantidade de policiais
militares distribuídos por unidade (batalhão) ou por órgão público
vinculado à Secretaria de Defesa Social (SDS).
"O acesso ou divulgação indiscriminada de tais
informações pode atentar contra a segurança da população, prejudicar ou causar
risco a planos ou operações estratégicos de órgãos de segurança pública do
Estado, prejudicar ou causar risco a sistemas, bens, instalações ou áreas de
interesse estratégico estadual, pôr em risco a segurança de instituições
estaduais, além de comprometer atividades de inteligência", justificou, no
texto, a delegada Natália Barbosa de Medeiros, que é a autoridade
classificadora.
Segundo a SDS, a Polícia Militar de Pernambuco está
"com o menor efetivo dos seus 197 anos de história". Atualmente, há
pouco mais de 16 mil policiais na ativa, enquanto o ideal seria ter pelo menos
27 mil.
A expectativa é de que, nas próximas semanas, a governadora
Raquel Lyra bata o martelo autorizando a abertura de editais para
concursos públicos na área da segurança.
No segundo semestre de 2022, às vésperas da eleição, o então
governador Paulo Câmara assinou autorização para a seleção, mas o processo não
avançou. A promessa era de abertura de vagas para 2.400 praças e 180
oficiais para a Polícia Militar.
GESTÃO PAULO CÂMARA IMPÔS 9 DECRETOS DE SIGILO NA
ÁREA DA SEGURANÇA
Entre 2015 e 2022, a gestão Paulo Câmara impôs nove
decretos de sigilo na área da segurança pública em Pernambuco. No
primeiro deles, o governo determinou o sigilo à população das informações relacionadas
aos crimes violentos ocorridos por bairro ou rua.
Em outra portaria, o governo impôs sigilo das informações
sobre armas de fogo furtadas, roubadas ou extraviadas das unidades
policiais.
Fonte: Jornal do Commercio