sábado, 28 de janeiro de 2023

Raquel Lyra apresenta a Lula demandas para resolver problemas do metrô, habitação e do abastecimento de água em Pernambuco

Após participar da reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília, nesta sexta-feira (27), a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), afirmou que levou, entre outras questões elencadas como prioritárias para o Estado, a situação do Metrô do Recife.

"É preciso, primeiramente, ressaltar a importância do diálogo estabelecido entre o Governo Federal e os governadores do país. Durante a reunião com o presidente Lula, manifestamos a necessidade de investimento na Transnordestina, o término das obras da Transposição do São Francisco, como a Adutora do Agreste, que levará água para 68 municípios de Pernambuco", disse Raquel.

"Apresentamos, ainda, a situação do Metrô do Recife, que está sucateado, e a questão da habitação de interesse social. Foram esses os quatro pontos que destacamos como sendo prioritários neste momento de retomada da agenda de investimentos para o nosso estado", completou. 

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) tem cobrado diálogo direto com o Executivo estadual para discutir os problemas do sistema, conforme publicação trazida pelo Blog de Jamildo.

A governadora Raquel Lyra também afirmou que a partir do dia 3 de fevereiro, serão realizadas uma série de reuniões com a Casa Civil, de forma bilateral, para a discussão dessa pauta e de outros pontos apresentados pela gestora, como a conclusão das obras da Adutora do Agreste, e o programa de habitação de interesse social.

PACTO FEDERATIVO

Lula esteve reunido com os governadores no Palácio do Planalto, em Brasília, para ouvir quais são as demandas prioritárias de cada estado, no intuito de relançar o pacto federativo no novo mandato. No dia anterior, o Fórum Nacional de Governadores promoveu um encontro para debater a pauta que seria tratada com o líder petista.

Em comum acordo, os gestores estaduais cobram a compensação da perda de arrecadação com a redução das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis e outros serviços essenciais.

“A questão do ICMS é uma coisa que está na cabeça de vocês desde que foi aprovado pelo Congresso Nacional [em 2022] e é uma coisa que vamos ter que discutir. Podemos acertar, podemos dizer que não pode ou que pode, mas não vamos deixar de discutir nenhum assunto com vocês”, disse ao abrir a reunião.

Uma das saídas está na regulamentação de um dispositivo da Lei Complementar 194 que estabelece compensação, por parte da União, quando a perda de receita de um estado exceda 5% em relação à arrecadação de 2021. Outros caminhos são as discussões via Congresso Nacional, de uma reforma tributária, por exemplo, ou mesmo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que já tem ações que questionam a constitucionalidade das duas leis complementares.

 “Nós temos culpa de tanta judicialização. A gente perde uma coisa no Congresso Nacional, ao invés de aceitar a regra do jogo democrático de que a maioria vence a minoria cumpre aquilo que aprovado, a gente recorre a outra instância para ver se consegue ganhar. É preciso para com esse método de fazer política porque isso faz com que o Poder Judiciário adentre o Poder Legislativo”, disse.

Ao final do  encontro, o presidente fez um discurso pacificador firmando a aproximação da União com os entes da federação. Lula declarou que o Palácio está de “portas abertas” para discutir os interesses dos estados.

“Eu quero encerrar essa reunião fazendo proposta de trabalho para nós. Só queria que vocês tivessem em mente o seguinte: não há da parte do presidente da república, da parte do vice-presidente da República, nenhum veto a qualquer companheiro ou companheira que queira conversar", disse Lula.

“A porta deste Palácio estará aberta, a todo governador e governadora que tiver uma demanda que precisa ser discutida com o governo federal. Nós iremos tentar mostrar ao mostrar o Brasil que governar de forma civilizada é muito importante para que a gente possa encontrar a paz”, concluiu.