Segundo o meteorologista Thiago do Vale, a previsão é
baseada na combinação dos mesmos dois fenômenos meteorológicos - La Niña e
Atlântico Tropical - a mesma que causou a precipitação do último inverno.
“Ainda estamos sob influência do La Niña, que está começando
a enfraquecer, e o Atlântico entra em aquecimento entre março e maio. Como
ainda temos influência de ambos, há probabilidade de chuvas similares com as do
ano passado”, disse.
Até o dia 25 de janeiro, foram registradas chuvas acima da
média na Região Metropolitana, na Zona da Mata e no Agreste.
No Sertão, segundo o especialista, a precipitação está abaixo da média,
salvo alguns pontos isolados.
“Todos os meses estamos acompanhando e fazendo previsões,
assim como divulgando informes climáticos sobre as condições dos oceanos e da
atmosfera. Caso enviemos algum aviso meteorológico, a população deve seguir as
orientações da Defesa Civil”, informou.
Em 2022, a Apac também havia informado, três meses antes,
que a precipitação seria intensa no inverno. Mesmo assim, quando a previsão se
tornou realidade, no final de maio, os municípios estavam despreparados para
recebê-las.
Não havia uma rede de abrigos disponíveis para os milhares
de desabrigados e desalojados que tiveram as casas alagadas ou derrubadas
por deslizamentos de terra em áreas de risco da Região Metropolitana do Recife.