As rodovias pernambucanas que estão entre as dez piores do país são:
- PE-096: entre Palmares e Barreiros, que tem 50 quilômetros de extensão
- PE-545: entre Exu e Ouricuri, que tem 76 quilômetros de extensão
Dos 3,2 mil quilômetros de vias analisados pela CNT em
Pernambuco, 1.076 quilômetros estão em estado ótimo ou bom. Outros 1.208
quilômetros foram classificados como regular, enquanto 916 quilômetros são
ruins ou péssimos.
O balanço significa que 66,4% da malha rodoviária
pavimentada analisada no estado tem algum problema. Esse índice é bem parecido
com a média-geral das estradas do país.
Entre as características analisadas pelo relatório,
Pernambuco se sai pior em relação à sinalização das estradas. No estado, 75,8%
das rodovias têm sinalização regular, ruim ou péssima.
A CNT aponta que 29% da malha rodoviária não tem faixas
laterais. Além disso, 19% das vias estão sem faixa central.
Entre os 3,2 mil quilômetros visitados pela pesquisa em
Pernambuco, 36,6% não têm acostamento. Quando analisadas apenas as curvas
perigosas, 71% delas não têm sinalização, de acordo com a CNT.
Custo elevado
Na pesquisa, a CNT também estimou o quanto seria necessário
investir para recuperar as rodovias em Pernambuco com ações emergenciais. Os
custos com os serviços de restauração e de reconstrução foram calculados em R$
2,45 bilhões.
Os investimentos poderiam trazer um retorno econômico.
Segundo o relatório, "as condições do pavimento no estado geram um aumento
de custo operacional do transporte de 29,1%".
Segundo o próprio levantamento, esse aumento no custo
operacional se reflete na competitividade dos negócios e no custo dos produtos.
Além disso, só ao longo de 2022, a má qualidade da malha
viária do estado deve gerar um consumo adicional de 25,3 milhões de litros de
diesel. Isso representa um desperdício de R$ 115,22 milhões aos
transportadores.