sábado, 12 de novembro de 2022

Pernambuco tem 50 pontos críticos em estradas e duas das dez piores rodovias do país, diz pesquisa da CNT

Dois terços da malha rodoviária de Pernambuco apresentam algum tipo de problema. É o que aponta uma pesquisa divulgada, nesta quarta (9), pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). O estado tem 50 pontos críticos nas rodovias e duas estradas entre as dez piores do país.

As rodovias pernambucanas que estão entre as dez piores do país são:

  • PE-096: entre Palmares e Barreiros, que tem 50 quilômetros de extensão
  • PE-545: entre Exu e Ouricuri, que tem 76 quilômetros de extensão

Dos 3,2 mil quilômetros de vias analisados pela CNT em Pernambuco, 1.076 quilômetros estão em estado ótimo ou bom. Outros 1.208 quilômetros foram classificados como regular, enquanto 916 quilômetros são ruins ou péssimos.

O balanço significa que 66,4% da malha rodoviária pavimentada analisada no estado tem algum problema. Esse índice é bem parecido com a média-geral das estradas do país.

Entre as características analisadas pelo relatório, Pernambuco se sai pior em relação à sinalização das estradas. No estado, 75,8% das rodovias têm sinalização regular, ruim ou péssima.

A CNT aponta que 29% da malha rodoviária não tem faixas laterais. Além disso, 19% das vias estão sem faixa central.

Entre os 3,2 mil quilômetros visitados pela pesquisa em Pernambuco, 36,6% não têm acostamento. Quando analisadas apenas as curvas perigosas, 71% delas não têm sinalização, de acordo com a CNT.

Custo elevado

Na pesquisa, a CNT também estimou o quanto seria necessário investir para recuperar as rodovias em Pernambuco com ações emergenciais. Os custos com os serviços de restauração e de reconstrução foram calculados em R$ 2,45 bilhões.

Os investimentos poderiam trazer um retorno econômico. Segundo o relatório, "as condições do pavimento no estado geram um aumento de custo operacional do transporte de 29,1%".

Segundo o próprio levantamento, esse aumento no custo operacional se reflete na competitividade dos negócios e no custo dos produtos.

Além disso, só ao longo de 2022, a má qualidade da malha viária do estado deve gerar um consumo adicional de 25,3 milhões de litros de diesel. Isso representa um desperdício de R$ 115,22 milhões aos transportadores.