O homem foi identificado como Madson Rafael e era conhecido
como Rafa do Barracão. Ele morreu no local. A mulher,
conhecida como Cris, chegou a ser socorrida à Policlínica Amaury
Coutinho, no bairro de Campina do Barreto, também na Zona Norte do Recife, mas
morreu na unidade de saúde.
De acordo com informações preliminares no local, o
homem seria o alvo dos criminosos e a mulher, que não tinha nada a ver com
o crime, teria sido atingida por uma bala perdida. A polícia investiga e faz as
primeiras perícias. A autoria e a motivação do crime deverão ser apontados por
esses trabalhos.
O caso foi registrado pela Força-Tarefa de Homicídios do
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O fato será apurado
pela 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enviou
equipe ao local por volta das 20h. A assessoria de comunicação informou que encontrou
a vítima já morta no local.
Em entrevista à TV Guararapes, na manhã desta
sexta-feira (23), uma filha de Cris chamada Hilda contou o momento do crime.
Segundo ela, que ajudava a mãe no pastel, Rafa do Barracão estava no ponto
comercial, mas nunca havia ido lá consumir.
"Ele estava numa mesa, quem estava consumindo era outro
moço, que é amigo do meu tio. Ele [Rafa] chegou depois e eu estranhei que ele
estava meio que atrás do poste, mas depois ele sentou na mesa. Cheguei a anotar
o pedido dele, ele pediu refrigerante. Foi o tempo que o meu pai foi buscar e,
quando fui levar o pastel, quando eu vi ele já não estava mais. Quando eu vi,
foi só os tiros e começou a agonia. E a única coisa que consegui olhar no
momento foi para a minha mãe no chão"
"Quando eu olhei, ela já estava no chão e eu vi o furo
[da bala] na camisa dela", acrescentou a filha. "Comecei a gritar
'minha mãe', 'minha mãe', 'minha mãe'. Quando olhei para a frente estava o moço
que faleceu, que eu não sei quem é", completou.
"Investigações e perícias estão em curso e os trabalhos
só se encerram com a elucidação completa dos fatos e a identificação, assim
como a responsabilização penal dos autores", explicou a Polícia
Civil, em nota.
A corporação acrescentou que "informações não podem ser
repassadas no momento para não prejudicar os trabalhos em curso".
Fonte: Folha de Pernambuco