Representantes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e
Sustentabilidade (Semas), e secretários de Meio Ambiente de 11 municípios de
Pernambuco, se reuniram nesta segunda (29), no Recife, para discutir o
aparecimento de vestígios de oléo em cidades litorâneas do Estado. Juntamente
com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Ibama, Corpo de Bombeiros,
Capitanias dos Portos e Marinha do Brasil, o órgão promete intensificar o
monitoramento na região, identificando os pontos mais afetados e a origem dos fragmentos.
"Quando a maré está alta, ela traz o óleo e joga na
faixa de área. Pelo que observamos inicialmente, essas 'bolotas' são diferentes
do que vimos em 2019. Ainda assim, coletamos os fragmentos e levamos para
análise para saber exatamente se há relação com o caso passado ou não",
apontou o Diretor de licenciamento ambiental da CPRH, Eduardo Elvino. O
material foi levado ao Laboratório de Compostos Orgânicos em Ecossistemas
Costeiros e Marinhos (OrganoMAR), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Em 2019, manchas de óleo apareceram em mais de 100
municípios de 11 estados do Nordeste e Sudeste. Após investigação, foi
constatado que o problema surgiu após um vazamento de petróleo a 700
quilômetros da costa brasileira. O caso, considerado o maior desastre ambiental
do litoral brasileiro, gerou um prejuízo ao País de mais de R$ 500
milhões.
Apoio aéreo
As vistorias contaram com apoio aéreo do Ibama, sobrevoando
a área de alto mar para identificar pontos afetados. As cidades que notificaram
aparecimentos de "bolotas" de petróleo foram Sirinhaém, Jaboatão dos
Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Recife, Olinda, Paulista, Igarassu,
Itamaracá, Goiana, Ipojuca e Tamandaré.
"Tivemos hoje (ontem) uma reunião com todos os
secretários de Meio Ambiente dos municípios envolvidos para informá-los das
ações que já tomamos e de quais faremos nos próximos dias. Também indicamos que
todo o material que aparece nas praias precisa ser retirado de forma imediata
para não contaminar o banhista", informou.
A Semas reforça a necessidade de que as prefeituras das cidades litorâneas intensifiquem as equipes de limpeza em suas respectivas praias. A secretaria orienta que caso encontrem material semelhante ao óleo, que façam registros fotográficos e comuniquem à CPRH através do contato (81) 99488-4453 e e-mail [email protected]. Além disso, foi pedido que os municípios façam o recolhimento e a destinação deste tipo de resíduo para aterro sanitário industrial.